Dubai Telegraph - COP29 começa com tensão sobre as finanças do clima após eleição de Trump

EUR -
AED 3.803769
AFN 75.643656
ALL 98.161999
AMD 412.933433
ANG 1.858387
AOA 944.47104
ARS 1082.998695
AUD 1.661595
AWG 1.864087
AZN 1.762186
BAM 1.953092
BBD 2.081973
BDT 125.675746
BGN 1.951979
BHD 0.390298
BIF 3051.151613
BMD 1.035604
BND 1.406795
BOB 7.151154
BRL 6.247818
BSD 1.03115
BTN 89.201319
BWP 14.411739
BYN 3.374556
BYR 20297.84028
BZD 2.071288
CAD 1.494429
CDF 2935.93807
CHF 0.942167
CLF 0.037824
CLP 1043.679297
CNY 7.574718
CNH 7.549642
COP 4477.278968
CRC 517.372652
CUC 1.035604
CUP 27.443509
CVE 110.113387
CZK 25.183806
DJF 183.621855
DKK 7.461216
DOP 63.32098
DZD 139.707639
EGP 52.052158
ERN 15.534061
ETB 131.717397
FJD 2.403434
FKP 0.85291
GBP 0.845307
GEL 2.941327
GGP 0.85291
GHS 15.493667
GIP 0.85291
GMD 75.080643
GNF 8913.297104
GTQ 7.960962
GYD 215.643085
HKD 8.061054
HNL 26.230377
HRK 7.64229
HTG 134.678711
HUF 411.485862
IDR 16923.583235
ILS 3.707671
IMP 0.85291
INR 89.644482
IQD 1350.840053
IRR 43598.932198
ISK 145.923361
JEP 0.85291
JMD 162.211954
JOD 0.734548
JPY 161.394755
KES 134.112097
KGS 90.561511
KHR 4161.089861
KMF 496.209983
KPW 932.043801
KRW 1492.735255
KWD 0.319308
KYD 0.859284
KZT 546.636233
LAK 22499.369261
LBP 92339.484532
LKR 306.098194
LRD 195.918352
LSL 19.3474
LTL 3.057869
LVL 0.626427
LYD 5.110815
MAD 10.329577
MDL 19.349797
MGA 4833.205238
MKD 61.507425
MMK 3363.601707
MNT 3518.982829
MOP 8.267916
MRU 40.933454
MUR 48.228123
MVR 15.953528
MWK 1787.8865
MXN 21.465585
MYR 4.631737
MZN 66.18563
NAD 19.347214
NGN 1607.350975
NIO 37.945555
NOK 11.799932
NPR 142.719358
NZD 1.837788
OMR 0.398646
PAB 1.03118
PEN 3.85865
PGK 4.199097
PHP 60.52178
PKR 287.355821
PLN 4.253011
PYG 8129.571042
QAR 3.763019
RON 4.976383
RSD 117.130574
RUB 103.55991
RWF 1449.276529
SAR 3.885465
SBD 8.769503
SCR 14.774497
SDG 622.398206
SEK 11.482411
SGD 1.408375
SHP 0.85291
SLE 23.590943
SLL 21716.100007
SOS 589.271573
SRD 36.303616
STD 21434.91391
SVC 9.022577
SYP 13464.92444
SZL 19.329825
THB 35.294941
TJS 11.255194
TMT 3.63497
TND 3.310058
TOP 2.425485
TRY 36.888642
TTD 7.004086
TWD 33.904676
TZS 2609.36708
UAH 43.52521
UGX 3787.78467
USD 1.035604
UYU 45.367097
UZS 13379.25537
VES 56.872137
VND 26169.715504
VUV 122.948998
WST 2.900548
XAF 655.042434
XAG 0.034102
XAU 0.000381
XCD 2.798772
XDR 0.794483
XOF 655.036117
XPF 119.331742
YER 258.123746
ZAR 19.329421
ZMK 9321.693041
ZMW 28.691664
ZWL 333.464096
COP29 começa com tensão sobre as finanças do clima após eleição de Trump
COP29 começa com tensão sobre as finanças do clima após eleição de Trump / foto: Alexander Nemenov - AFP

COP29 começa com tensão sobre as finanças do clima após eleição de Trump

A conferência anual sobre mudanças climáticas (COP29) começou nesta segunda-feira (11) em Baku em um cenário de tensão para a negociação da agenda, enquanto os participantes digerem a vitória eleitoral de Donald Trump nos Estados Unidos.

Tamanho do texto:

A grande reunião anual do clima, sob a liderança da ONU, acontece no momento em que o mundo segue em uma trajetória para bater outro recorde de temperatura.

"Estamos nos encaminhando para a ruína. E não se trata de problemas futuros. A mudança climática já está aqui", alertou na cerimônia de abertura o presidente da COP29, o ministro da Ecologia do Azerbaijão, Mukhtar Babaiev.

"Chegou o momento da verdade", acrescentou.

Mas o governo dos Estados Unidos, o segundo maior emissor mundial de gases do efeito estufa, pode abandonar novamente o Acordo de Paris, assinado em 2015, que é a base de todas as negociações, como Trump fez durante seu primeiro mandato presidencial (2017-2021).

O republicano, um declarado cético do fenômeno da mudança climática, pode anunciar a saída do Acordo de Paris ao assumir o poder em janeiro, decisão que seria formalizada um ano depois.

A COP29 deve demonstrar que a cooperação mundial "não está em ponto morto", declarou o secretário executivo da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas, Simon Stiell.

As tensões durante as negociações surgiram de maneira imediata, a respeito da aprovação da agenda, instrumento essencial para a conferência, que deve terminar em 22 de novembro.

A COP29 de Baku é chamada informalmente de "COP do financiamento", porque precisa debater o tema essencial das ajudas que os países que mais contribuem para o problema devem conceder às nações mais afetadas.

- Meses de negociações -

Durante meses, quase 200 países do Acordo de Paris negociaram um rascunho de acordo para estabelecer uma nova quantia de ajuda.

Em 2009, na COP15 de Copenhague, um acordo estabeleceu que as nações industrializadas concederiam 100 bilhões de dólares (576 bilhões de reais na cotação atual) por ano, em ajuda direta ou empréstimos multilaterais.

O volume de ajuda foi alcançado com dois anos de atraso, em 2022, e agora os especialistas afirmam que é necessária uma quantia pelo menos 10 vezes superior.

A ajuda deve servir tanto para mitigar a emissão de gases do efeito estufa, principalmente por meio de uma gigantesca conversão energética mundial, assim como com a adaptação, ou seja, a construção de barragens, a adaptação das residências às temperaturas extremas, entre outras medidas.

Uma região como a América Latina emite menos de 10% de gases do efeito estufa, mas é uma das que mais sofre impacto com o aquecimento do planeta.

O financiamento da luta climática não é "caridade, e sim do interesse de todos, incluindo as nações mais ricas e maiores", insistiu Stiell, que pediu um acordo "ambicioso".

Além do valor da ajuda e do calendário, as nações devem chegar a um acordo sobre quem paga.

Em 2009, pouco mais de 30 países assumiram a missão dos 100 bilhões de dólares. E a China ficou de fora.

Agora, União Europeia e Estados Unidos, entre outros, querem que Pequim assuma parte da conta, o que promete ser difícil.

A China, principal emissora de gases do efeito estufa, tem sua própria agenda de ajuda climática. Além disso, o país domina grandes setores da conversão de energia, como os metais raros.

- Países petroleiros e anfitriões -

No ano passado, em Dubai, os países conseguiram um acordo com muitas dificuldades para uma declaração final da COP28. O texto assumia, pela primeira vez, que os países deveriam empreender uma "transição" para o fim das energias fósseis.

Mas a Agência Internacional de Energia (AIE) recordou em seu relatório anual mais recente que 80% da energia mundial ainda provém dessas fontes (carvão, petróleo, gás).

Após a abertura, a COP reúne todos os anos os líderes mundiais por dois dias.

Mas a COP29 não tem as presenças dos grandes protagonistas do diálogo climático: os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da França, Emmanuel Macron.

O ambiente de austeridade orçamentária nos países ricos, as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio e o resultado das eleições americanas ofuscam as perspectivas diplomáticas.

"As ambições do Acordo de Paris estão em grave perigo", alertou a Organização Meteorológica Mundial (OMM). "De janeiro a setembro de 2024, a temperatura média do ar na superfície do globo foi superior em 1,54°C em relação à média pré-industrial".

"As chuvas e as inundações recordes, a intensificação rápida dos ciclones tropicais, o calor mortal, a seca implacável e os incêndios catastróficos que observamos em diferentes regiões do mundo este ano são, infelizmente, uma nova realidade e uma antecipação do futuro", insistiu a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, em um comunicado.

O Acordo de Paris, adotado em 2015, pretende limitar o aquecimento global a 2°C e prosseguir com os esforços para contê-lo a 1,5°C na comparação com os níveis pré-industriais.

H.Sasidharan--DT