ONU pede financiamento para preparar agricultores para efeitos do La Niña
A ONU necessita de 318 milhões de dólares (1,74 bilhão de reais) para ajudar 10,5 milhões das pessoas mais vulneráveis do mundo ante os efeitos do fenômeno climático do La Niña, indicou a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
"Temos a possibilidade de marcar uma verdadeira diferença se conseguirmos agir agora [...] e, agindo antes de que chegue a próxima catástrofe, podemos salvar vidas e proteger as comunidades da fome e da pobreza", declarou em uma coletiva de imprensa Dominique Burgeon, diretor da FAO em Genebra.
O La Niña é um fenômeno que provoca o resfriamento das temperaturas da superfície do oceano no Pacífico equatorial central e oriental.
Esse fenômeno está associado a mudanças na circulação atmosférica tropical, com ventos e chuvas.
O La Niña pode provocar secas ou chuvas torrenciais, dependendo da região, da estação ou das interações com outros fenômenos climáticos.
O plano da FAO prevê o fornecimento de sementes resistentes ao estresse "para estimular a produção alimentar local, um apoio à saúde animal e alimentos para os criadores de gado", destacou Burgeon.
Também prevê fornecer material aos pescadores para que possam se proteger, assim como transferência de fundos.
Esse plano deve cobrir as necessidades de 39 países da Ásia, África, América Latina e do Caribe, revelou a dirigente.
A FAO precisa de 153,2 milhões de dólares (839 milhões de reais) para ajudar 6,4 milhões de pessoas no Chifre da África e outros 42,8 milhões (234 milhões de reais) para ajudar 1,1 milhão de pessoas na África Austral. Na África Ocidental e no Sahel, o financiamento necessário chega a 42,6 milhões (233 milhões) para pouco mais de 885.000 pessoas.
Na Ásia e América Latina, a organização necessita, respectivamente, de 12,8 e 42,6 milhões de dólares (R$ 70,1 milhões e R$ 233 milhões).
A.Ragab--DT