Dubai Telegraph - 2023 provavelmente será o ano mais quente da história

EUR -
AED 4.172469
AFN 82.254285
ALL 99.443091
AMD 442.669245
ANG 2.033568
AOA 1042.821867
ARS 1220.13733
AUD 1.80657
AWG 2.044748
AZN 1.935661
BAM 1.955664
BBD 2.288841
BDT 137.74043
BGN 1.961167
BHD 0.42777
BIF 3370.065862
BMD 1.135971
BND 1.496896
BOB 7.833456
BRL 6.659749
BSD 1.133621
BTN 97.596219
BWP 15.810902
BYN 3.709842
BYR 22265.033118
BZD 2.277042
CAD 1.575536
CDF 3265.353315
CHF 0.926352
CLF 0.02877
CLP 1119.192243
CNY 8.283619
CNH 8.27647
COP 4910.258856
CRC 581.659589
CUC 1.135971
CUP 30.103234
CVE 110.25734
CZK 25.124845
DJF 201.665989
DKK 7.469696
DOP 70.015136
DZD 149.546094
EGP 58.259952
ERN 17.039566
ETB 147.302266
FJD 2.589451
FKP 0.870523
GBP 0.868347
GEL 3.135724
GGP 0.870523
GHS 17.570779
GIP 0.870523
GMD 81.226307
GNF 9813.318212
GTQ 8.743393
GYD 237.163523
HKD 8.810422
HNL 29.369959
HRK 7.534333
HTG 148.329695
HUF 409.938323
IDR 19081.076584
ILS 4.222235
IMP 0.870523
INR 97.663012
IQD 1484.996829
IRR 47824.382762
ISK 145.295033
JEP 0.870523
JMD 179.687516
JOD 0.805522
JPY 163.035006
KES 146.799801
KGS 99.341107
KHR 4541.684463
KMF 499.263598
KPW 1022.294878
KRW 1614.4251
KWD 0.348107
KYD 0.944734
KZT 585.8193
LAK 24559.293723
LBP 101571.343247
LKR 338.136508
LRD 226.724248
LSL 21.868981
LTL 3.354228
LVL 0.687138
LYD 6.299562
MAD 10.546067
MDL 20.093604
MGA 5113.644725
MKD 61.530725
MMK 2385.0762
MNT 3994.555643
MOP 9.055971
MRU 44.687895
MUR 49.87338
MVR 17.498202
MWK 1965.663434
MXN 23.067966
MYR 5.023837
MZN 72.60034
NAD 21.868981
NGN 1814.225757
NIO 41.717102
NOK 12.117749
NPR 156.154151
NZD 1.949496
OMR 0.437393
PAB 1.133621
PEN 4.231206
PGK 4.684675
PHP 64.754939
PKR 317.835518
PLN 4.289579
PYG 9069.369898
QAR 4.133413
RON 4.979761
RSD 117.211857
RUB 94.489935
RWF 1633.886484
SAR 4.263339
SBD 9.490317
SCR 16.273869
SDG 682.154808
SEK 11.102759
SGD 1.499032
SHP 0.892695
SLE 25.877842
SLL 23820.746739
SOS 647.85499
SRD 42.083228
STD 23512.307787
SVC 9.919311
SYP 14769.561249
SZL 21.857481
THB 38.057346
TJS 12.316644
TMT 3.975899
TND 3.411763
TOP 2.660562
TRY 43.085154
TTD 7.708464
TWD 36.779567
TZS 3038.088926
UAH 46.92884
UGX 4165.710584
USD 1.135971
UYU 49.176583
UZS 14700.978637
VES 87.603875
VND 29259.775028
VUV 140.62449
WST 3.205325
XAF 655.91143
XAG 0.035182
XAU 0.000351
XCD 3.070019
XDR 0.815743
XOF 655.91143
XPF 119.331742
YER 278.657784
ZAR 21.729241
ZMK 10225.106937
ZMW 31.995777
ZWL 365.782223
2023 provavelmente será o ano mais quente da história
2023 provavelmente será o ano mais quente da história / foto: Patrick T. Fallon - AFP/Arquivos

2023 provavelmente será o ano mais quente da história

As temperaturas médias mundiais durante os três meses do verão no hemisfério norte (junho-julho-agosto) foram as mais elevadas já registradas, anunciou nesta quarta-feira (6) o observatório europeu Copernicus, para o qual 2023 provavelmente será o ano mais quente da história.

Tamanho do texto:

"O colapso climático começou", lamentou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.

"Nosso clima está implodindo mais rápido do que podemos enfrentar, com fenômenos meteorológicos extremos que afetam todos os cantos do planeta", afirmou em um comunicado. "Os cientistas alertam há muito tempo sobre as consequências de nossa dependência dos combustíveis fósseis", acrescentou.

Ondas de calor, secas, inundações e incêndios afetaram a Ásia, Europa e América do Norte durante o verão boreal, em proporções dramáticas e, em alguns casos, sem precedentes, com mortes e danos elevados para as economias e o meio ambiente.

O hemisfério sul, com recordes de calor em pleno inverno, também foi afetado.

- "120 mil anos" -

"A estação junho-julho-agosto 2023", que corresponde ao verão no hemisfério norte, "foi de longe a mais quente já registrada no mundo, com uma temperatura média mundial de 16,77 graus Celsius", anunciou o Copernicus.

O resultado ficou 0,66°C acima da média no período 1991-2020, que também registrou um aumento das temperaturas médias do planeta devido à mudança climática provocada pela atividade humana. E superior - quase dois décimos - ao recorde anterior de 2019.

Julho foi o mês mais quente já registrado na história, e agora agosto tornou-se o segundo, detalhou o Copernicus.

E nos oito primeiros meses do ano, a temperatura média do planeta está "apenas 0,01°C atrás de 2016, o ano mais quente já registrado".

Mas o recorde deve cair em breve, levando em consideração as previsões meteorológicas e o retorno do fenômeno climático 'El Niño' no Oceano Pacífico, que resultará em mais aquecimento.

"Dado o excesso de calor na superfície dos oceanos, 2023 provavelmente será o ano mais quente (...) que a humanidade já conheceu", declarou à AFP Samantha Burgess, vice-diretora do serviço de mudança climática (C3S) do Copernicus.

A base de dados de Copernicus remonta a 1940, mas pode ser comparada com o clima dos milênios anteriores, estabelecido graças aos anéis das árvores e aos núcleos de gelo, e sintetizado no relatório mais recentes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU.

A partir desta base de dados, "os três meses que acabamos de vivenciar foram os mais quentes em quase 120 mil anos, ou seja, desde o início da história da humanidade", afirmou Burgess.

- Superaquecimento dos oceanos -

Apesar de três anos consecutivos de 'La Niña', fenômeno inverso ao 'El Niño' que compensa parcialmente o aquecimento, o período 2015-2022 foi o mais quente já registrado.

O superaquecimento dos oceanos, que continuam absorvendo 90% do excesso de calor provocado pela atividade humana desde o início da era industrial, tem um papel crucial no processo.

Desde abril, a temperatura média de superfície dos oceanos registra níveis de calor inéditos.

"De 31 de julho a 31 de agosto, esta temperatura superou todos os dias o recorde anterior, de março 2016", destacou o Copernicus, atingindo a marca simbólica inédita de 21°C, muito acima de todos os números registrados até então.

"O aquecimento dos oceanos leva ao aquecimento da atmosfera e ao aumento da umidade, o que provoca chuvas mais intensas e um aumento da energia disponível para os ciclones tropicais", alerta Burgess.

O superaquecimento também afeta a biodiversidade: "Há menos nutrientes no oceano (...) e menos oxigênio, o que ameaça a sobrevivência da fauna e da flora".

"As temperaturas seguirão aumentando enquanto não fecharmos a torneira das emissões", procedentes em grande parte da combustão de carvão, petróleo e gás, conclui a cientista.

A.Ragab--DT