Praça circular descoberta no Peru é tão antiga quanto pirâmides do Egito, dizem cientistas
Uma praça circular de pedra que foi descoberta no Peru em 2018 data de 4.750 anos atrás, tão remota quanto as pirâmides do Egito e o monumento megalítico de Stonehenge, confirmou um grupo de cientistas nesta quinta-feira (22) após realizar testes de radiocarbono.
"A praça circular megalítica tem uma antiguidade de 4.750 anos, o que quer dizer 2.700 antes de Cristo e é contemporânea às pirâmides do Egito e ao Stonehenge, na Inglaterra", disse à AFP a arqueóloga Patricia Chirinos em Cajamarca (norte).
A descoberta remonta ao ano de 2018, mas somente neste mês os pesquisadores conseguiram confirmar a idade e importância do local, após superar atrasos por causa da pandemia.
"Em 2018, foi descoberta por um grupo de arqueólogos peruanos e americanos, e se localiza nas áreas montanhosas do sítio arqueológico de Callacpuma, a 8km da cidade de Cajamarca, 800km ao norte de Lima.
O local se carateriza por sua construção única de grandes pedras colocadas verticalmente, que formam uma estrutura de aproximadamente 20 metros de diâmetro com dois muros concêntricos.
"Era um espaço para cerimônias da comunidade, isso nos diz que há cerca de 5.000 anos os antigos cajamarquinos realizavam cerimônias no alto desses morros", explicou Chirinos.
A diretora de Projeto de Pesquisa Arqueológica indicou que essa descoberta é muito importante para a pré-história de Cajamarca e do Peru porque "não se sabia que esse tipo de estrutura era tão antiga".
O Ministério da Cultura declarou em um comunicado que "oferendas de cerâmica, fragmentos de cristal de quartzo, sodalita, antracite e miniaturas de pedra foram encontradas" nos arredores da praça.
No entanto, a descoberta não é a mais antiga do Peru, pois a cidadela de Caral tem 5.000 anos e é considerada a civilização mais remota da América e uma das mais antigas do mundo junto as da Mesopotâmia, Egito, China, Índia e Creta.
A pesquisa foi liderada por Chirinos e pelo arqueólogo americano Jason Toohey, da Universidade do Wyoming.
R.Mehmood--DT