Dubai Telegraph - Tecnologia nas escolas: uma falsa boa ideia, segundo a Unesco

EUR -
AED 3.846458
AFN 71.211176
ALL 97.412843
AMD 406.811894
ANG 1.887241
AOA 956.640935
ARS 1051.428592
AUD 1.608171
AWG 1.887622
AZN 1.787721
BAM 1.94682
BBD 2.114156
BDT 125.138011
BGN 1.955509
BHD 0.394704
BIF 3034.333258
BMD 1.047225
BND 1.407209
BOB 7.235625
BRL 6.090347
BSD 1.047075
BTN 88.4754
BWP 14.296058
BYN 3.427092
BYR 20525.602023
BZD 2.110863
CAD 1.463847
CDF 3005.534618
CHF 0.928583
CLF 0.03695
CLP 1019.567969
CNY 7.576459
CNH 7.597437
COP 4597.630131
CRC 532.296452
CUC 1.047225
CUP 27.751452
CVE 110.613091
CZK 25.354142
DJF 186.112546
DKK 7.458821
DOP 63.25565
DZD 139.901282
EGP 52.012714
ERN 15.708369
ETB 129.23088
FJD 2.379611
FKP 0.826592
GBP 0.831973
GEL 2.853676
GGP 0.826592
GHS 16.598349
GIP 0.826592
GMD 74.352935
GNF 9037.548191
GTQ 8.083713
GYD 219.089433
HKD 8.150638
HNL 26.363899
HRK 7.470124
HTG 137.485836
HUF 411.088281
IDR 16675.428446
ILS 3.890063
IMP 0.826592
INR 88.480582
IQD 1372.387829
IRR 44093.391567
ISK 146.108348
JEP 0.826592
JMD 166.302915
JOD 0.742584
JPY 161.458939
KES 135.614106
KGS 90.595555
KHR 4241.259434
KMF 491.829597
KPW 942.501737
KRW 1466.554465
KWD 0.322158
KYD 0.872675
KZT 519.294876
LAK 22997.052059
LBP 93778.962407
LKR 304.684618
LRD 188.762185
LSL 18.965252
LTL 3.092182
LVL 0.633456
LYD 5.115689
MAD 10.486854
MDL 19.069043
MGA 4891.586326
MKD 61.525564
MMK 3401.344628
MNT 3558.469111
MOP 8.394618
MRU 41.799981
MUR 48.593488
MVR 16.179757
MWK 1817.981712
MXN 21.385321
MYR 4.675828
MZN 66.925952
NAD 18.964918
NGN 1774.186923
NIO 38.527419
NOK 11.597222
NPR 141.561038
NZD 1.78822
OMR 0.403194
PAB 1.04717
PEN 3.974207
PGK 4.216653
PHP 61.815578
PKR 291.021899
PLN 4.344987
PYG 8218.776313
QAR 3.812683
RON 4.977038
RSD 116.989628
RUB 106.083365
RWF 1435.744917
SAR 3.931627
SBD 8.750118
SCR 14.091129
SDG 629.903184
SEK 11.589368
SGD 1.409667
SHP 0.826592
SLE 23.651533
SLL 21959.781063
SOS 598.485238
SRD 37.077012
STD 21675.434737
SVC 9.162736
SYP 2631.183058
SZL 18.975788
THB 36.383713
TJS 11.152657
TMT 3.675758
TND 3.301902
TOP 2.452702
TRY 36.169354
TTD 7.108213
TWD 34.046633
TZS 2777.615603
UAH 43.232448
UGX 3869.006119
USD 1.047225
UYU 44.622895
UZS 13488.252609
VES 48.454165
VND 26623.067216
VUV 124.328608
WST 2.923423
XAF 652.945238
XAG 0.034027
XAU 0.000392
XCD 2.830177
XDR 0.798815
XOF 651.373441
XPF 119.331742
YER 261.711912
ZAR 18.966175
ZMK 9426.275251
ZMW 28.876803
ZWL 337.205892
Tecnologia nas escolas: uma falsa boa ideia, segundo a Unesco
Tecnologia nas escolas: uma falsa boa ideia, segundo a Unesco / foto: SAM PANTHAKY - AFP

Tecnologia nas escolas: uma falsa boa ideia, segundo a Unesco

Computadores distribuídos sem trabalho pedagógico prévio, conhecimento básico perdido e divulgação de informações pessoais dos alunos: esses são os motivos pelos quais a Unesco afirma que a tecnologia nas escolas não é um milagre e pode ter "efeitos nefastos" - e, por isso, deve ser regulamentada.

Tamanho do texto:

A tecnologia digital "melhorou drasticamente o acesso a recursos de ensino e aprendizagem", particularmente na Etiópia e na Índia, onde bibliotecas online extremamente populares surgiram e o ensino à distância salvou a educação durante a pandemia da covid-19.

No entanto, essas tecnologias foram promovidas com algumas adulterações por seus fabricantes.

A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), apontou que há uma "falta" de dados "imparciais" sobre o impacto das tecnologias educacionais.

"Muitas das evidências vêm de entidades que buscam vender essas tecnologias", lamenta a organização no estudo chamado "Tecnologias na Educação: Quem está no comando?", publicado nesta quarta-feira (26).

- Foco nos resultados -

Portanto, devemos "focar nos resultados da aprendizagem e não nos recursos digitais", destacou a Unesco.

No Peru, "quando mais de um milhão de notebooks não integrados à pedagogia foram distribuídos, o aprendizado não melhorou", aponta o relatório.

"Nos Estados Unidos, uma análise de mais de dois milhões de estudantes revelou que as desigualdades de aprendizagem se alargaram quando o ensino era ministrado exclusivamente à distância", continua o texto.

As tecnologias podem ser "desastrosas" se usadas "inapropriadamente ou excessivamente".

A Unesco enfatiza que uma pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sugere "uma ligação desfavorável entre o uso excessivo de tecnologias de informação e comunicação e o desempenho dos alunos".

Foi descoberto em 14 países que "a mera proximidade de um dispositivo móvel pode distrair os alunos e impactar negativamente o aprendizado".

- Ética -

Somam-se a isso questões éticas, pois "os dados pessoais das crianças estão expostos".

Segundo a Unesco, que citou outro estudo, "89% dos 163 produtos de tecnologia educacional recomendados durante a pandemia poderiam monitorar crianças". Entretanto, "apenas 16% dos países garantem explicitamente e por lei a privacidade dos dados na educação".

É inegável que "todos", inclusive os estudantes, "devem aprender sobre tecnologia", porque "atualmente ela faz parte de nossas habilidades básicas", diz o diretor do relatório, Manos Antoninis, em entrevista à AFP.

Mas, de acordo com o diretor, isso não requer necessariamente tecnologia.

As "crianças que sabem ler melhor têm cinco vezes mais chances de não serem enganadas por e-mails fraudulentos", garante o especialista. Isso não requer "nada tecnologicamente avançado, mas boa capacidade de leitura e pensamento crítico".

Em comunicado à imprensa, a Unesco clama por uma "regulamentação da forma como as novas tecnologias são utilizadas na educação", onde o governo não atua e há falta de "regulamentação adequada".

A revolução digital, que tem um "potencial tremendo", deve ser "enquadrada" na educação, assim como no resto da sociedade, opina a diretora-geral da ONU para Educação, Ciência e Cultura, Audrey Azoulay.

Ela acrescenta que "a tecnologia deve melhorar o processo de aprendizagem e servir ao bem-estar de alunos e professores, em vez de ser usada em seu detrimento".

"É preciso colocar as necessidades do aluno em primeiro lugar e apoiar o trabalho dos professores. As interações online não podem, de forma alguma, substituir as interações humanas", segundo Azoulay.

S.Mohideen--DT