Dubai Telegraph - Agricultores estão preocupados com perspectiva de aumento de tarifas em novo governo Trump

EUR -
AED 3.896782
AFN 71.970942
ALL 98.005181
AMD 410.245014
ANG 1.910392
AOA 969.150107
ARS 1058.535585
AUD 1.625105
AWG 1.911243
AZN 1.804916
BAM 1.952226
BBD 2.140282
BDT 126.668083
BGN 1.954125
BHD 0.39988
BIF 3130.34894
BMD 1.060918
BND 1.418709
BOB 7.350404
BRL 6.098794
BSD 1.060009
BTN 89.509273
BWP 14.421276
BYN 3.468912
BYR 20793.984215
BZD 2.136589
CAD 1.480871
CDF 3043.772641
CHF 0.937002
CLF 0.037907
CLP 1045.969635
CNY 7.661842
COP 4706.760764
CRC 542.432423
CUC 1.060918
CUP 28.114315
CVE 110.062449
CZK 25.385671
DJF 188.763289
DKK 7.459582
DOP 63.876059
DZD 141.570939
EGP 52.207642
ETB 131.000325
FJD 2.400856
GBP 0.832847
GEL 2.906642
GHS 17.277204
GMD 75.853327
GNF 9135.746941
GTQ 8.190926
GYD 221.749817
HKD 8.252734
HNL 26.751282
HTG 139.425239
HUF 411.004238
IDR 16737.512871
ILS 3.989583
INR 89.539798
IQD 1388.583814
IRR 44669.934186
ISK 147.520817
JMD 168.439542
JOD 0.752299
JPY 164.527633
KES 137.06364
KGS 91.448653
KHR 4295.439124
KMF 488.419938
KRW 1493.349953
KWD 0.326234
KYD 0.883299
KZT 526.01683
LAK 23242.540542
LBP 94922.679318
LKR 309.967089
LRD 199.802298
LSL 19.152137
LTL 3.132613
LVL 0.641738
LYD 5.135839
MAD 10.515649
MDL 18.974154
MGA 4955.161109
MKD 61.501816
MMK 3445.818857
MOP 8.49301
MRU 42.123861
MUR 50.064526
MVR 16.402021
MWK 1837.721918
MXN 21.861851
MYR 4.72746
MZN 67.819132
NAD 19.151596
NGN 1778.681478
NIO 39.010598
NOK 11.769899
NPR 143.222523
NZD 1.790898
OMR 0.408483
PAB 1.059939
PEN 4.005911
PGK 4.258364
PHP 62.296049
PKR 294.599601
PLN 4.351472
PYG 8282.226373
QAR 3.864488
RON 4.975918
RSD 116.986352
RUB 103.700317
RWF 1454.705134
SAR 3.986063
SBD 8.859994
SCR 14.916358
SDG 638.142533
SEK 11.580918
SGD 1.420892
SLE 24.18896
SOS 605.819355
SRD 37.381452
STD 21958.851549
SVC 9.275193
SZL 19.142853
THB 36.855747
TJS 11.267165
TMT 3.713211
TND 3.332367
TOP 2.48477
TRY 36.47689
TTD 7.203151
TWD 34.468683
TZS 2825.997726
UAH 43.903187
UGX 3894.795581
USD 1.060918
UYU 44.68818
UZS 13571.98253
VES 47.606636
VND 26894.260197
XAF 654.789004
XCD 2.867183
XDR 0.798576
XOF 654.789004
XPF 119.331742
YER 264.990671
ZAR 19.19911
ZMK 9549.525686
ZMW 28.858523
ZWL 341.615022
Agricultores estão preocupados com perspectiva de aumento de tarifas em novo governo Trump
Agricultores estão preocupados com perspectiva de aumento de tarifas em novo governo Trump / foto: CHARLY TRIBALLEAU, Elvis Barukcic - AFP

Agricultores estão preocupados com perspectiva de aumento de tarifas em novo governo Trump

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja fazer das tarifas alfandegárias a pedra angular de sua política econômica, sob o risco de gerar intermináveis guerras comerciais das quais os agricultores americanos poderiam ser vítimas.

Tamanho do texto:

"Vejo este novo mandato com muita preocupação", reconhece Michael Slattery, produtor de grãos em Wisconsin, à AFP.

O primeiro governo de Trump foi marcado por grandes aumentos de impostos sobre as importações, especialmente sobre os produtos chineses, o que levou a medidas de retaliação de Pequim contra os produtos agrícolas americanos.

Esta medida custou caro a Slattery. Entre 2017 e 2018, sua renda caiu em mais de US$ 25.000 (R$ 91.355 na cotação da época) por ano, o que foi parcialmente compensado pela ajuda do governo, que cobriu apenas metade do que ele deixou de ganhar.

Na época, o presidente republicano havia imposto tarifas sobre US$ 300 bilhões (R$ 1 trilhão na época) em produtos chineses para pressionar a China a concordar com negociações comerciais que equilibrariam a balança comercial das duas potências, em grande parte deficitária para os EUA.

Pequim respondeu com medidas recíprocas, atingindo especialmente a soja, que Slattery produz e cujas vendas para a China caíram.

De acordo com o Departamento de Agricultura, as exportações agrícolas perderam US$ 27 bilhões (R$ 106,5 bilhões) entre meados e o final de 2019. Deste total, 95% da queda se deveu à China.

- Perda de partes do mercado -

"Não tínhamos dinheiro para pagar nossas contas nem mesmo para viver apenas de nossa produção", contou à AFP Ted Winter, produtor de grãos em Minnesota.

O custo também foi de longo prazo: os importadores chineses procuraram comprar em outros lugares e, mesmo que o acordo comercial alcançado em 2020, pouco antes da pandemia de coronavírus, tenha impulsionado as exportações de produtos agrícolas americanos, os agricultores da maior potência mundial perderam partes do mercado.

"As tarifas alfandegárias levaram nossos clientes a encontrar os alimentos que precisavam em outro lugar", enfatizou Winter.

Para Slattery, "o mais preocupante é que isso colocou em risco décadas de trabalho para estabelecer relações comerciais".

Agora, Trump quer ir ainda mais longe, com tarifas de 10 a 20% sobre todos os produtos que entram no país, e de 60% e 100% sobre os produtos chineses.

A medida colocaria os produtos agrícolas americanos na mira de qualquer retaliação comercial, desta vez, em escala mundial.

A soja e o milho, em particular, poderiam estar "entre os primeiros alvos das tarifas" de países estrangeiros, segundo estimativa de um relatório conjunto de outubro, feito por associações de produtores de sementes oleaginosas e grãos.

- Pouco confiável -

O apoio federal pode permitir que os produtores suportem a mudança por um tempo, mas, a longo prazo, a perda de participação no mercado os prejudica, observou o economista-chefe da Associação Americana de Produtores de Soja (ASA), Scott Gerlt.

O relatório das associações de produtores de grãos estima que um novo capítulo na guerra comercial com a China significaria o retorno das tarifas aplicadas por Pequim aos produtos dos EUA, que desapareceram com o acordo de 2020.

Diante desta perspectiva, estima-se que as exportações de soja dos EUA para a China poderiam cair em mais de 50% em relação aos volumes atuais.

Concorrentes como Argentina e Brasil se beneficiarão a longo prazo, com possíveis compradores em todo o mundo preferindo recorrer a países vistos como parceiros comerciais mais confiáveis do que os Estados Unidos, alertou Gerlt.

"Vimos outros países abrirem seus mercados, como o Egito por um tempo, por exemplo. Mas nenhum deles é capaz de substituir o mercado chinês", observou.

No entanto, as áreas rurais votaram em grande parte em Trump e, em particular, nos candidatos republicanos nas eleições locais e para o Congresso, na esperança de que sua situação econômica melhorasse.

A inflação dos últimos três anos e, principalmente, o aumento dos preços da energia, pesaram muito nas finanças do agronegócio nos Estados Unidos.

Y.Rahma--DT