Dubai Telegraph - Mão pesada ou pragmatismo? As incertezas sobre a política de Trump em relação à Venezuela

EUR -
AED 3.942456
AFN 72.450613
ALL 98.078683
AMD 415.778236
ANG 1.934387
AOA 979.438284
ARS 1065.508182
AUD 1.633624
AWG 1.932056
AZN 1.821931
BAM 1.960209
BBD 2.167147
BDT 128.267497
BGN 1.954603
BHD 0.404468
BIF 3107.390241
BMD 1.073365
BND 1.433552
BOB 7.41627
BRL 6.091453
BSD 1.073299
BTN 90.816828
BWP 14.465686
BYN 3.512334
BYR 21037.944294
BZD 2.163498
CAD 1.496506
CDF 3078.409492
CHF 0.940761
CLF 0.037478
CLP 1034.122431
CNY 7.701925
CNH 7.641599
COP 4735.952536
CRC 550.28142
CUC 1.073365
CUP 28.444159
CVE 108.785516
CZK 25.350763
DJF 190.758889
DKK 7.458387
DOP 64.732473
DZD 143.557163
EGP 52.857404
ERN 16.100468
ETB 130.467653
FJD 2.447382
FKP 0.821305
GBP 0.832947
GEL 2.924884
GGP 0.821305
GHS 17.613906
GIP 0.821305
GMD 76.745355
GNF 9263.135599
GTQ 8.283212
GYD 224.551398
HKD 8.347931
HNL 26.941558
HRK 7.394441
HTG 141.218851
HUF 409.824481
IDR 16961.842587
ILS 4.012263
IMP 0.821305
INR 90.523215
IQD 1406.107501
IRR 45194.012626
ISK 148.317327
JEP 0.821305
JMD 170.012438
JOD 0.761232
JPY 165.964706
KES 138.463876
KGS 92.535458
KHR 4368.593073
KMF 492.27177
KPW 966.027812
KRW 1502.608307
KWD 0.329351
KYD 0.894483
KZT 529.12723
LAK 23538.883466
LBP 96656.681123
LKR 314.274768
LRD 204.073422
LSL 18.934171
LTL 3.169366
LVL 0.649268
LYD 5.200432
MAD 10.61665
MDL 19.196703
MGA 4958.943758
MKD 61.734027
MMK 3486.246042
MNT 3647.292617
MOP 8.594573
MRU 42.84338
MUR 49.932874
MVR 16.532327
MWK 1863.36104
MXN 21.576827
MYR 4.726561
MZN 68.593388
NAD 18.93365
NGN 1796.219725
NIO 39.47295
NOK 11.884915
NPR 145.315745
NZD 1.806574
OMR 0.413247
PAB 1.073279
PEN 4.062684
PGK 4.30768
PHP 63.140651
PKR 298.290175
PLN 4.353079
PYG 8343.769086
QAR 3.907959
RON 4.975477
RSD 117.0332
RUB 104.358358
RWF 1459.775727
SAR 4.032235
SBD 8.945325
SCR 14.582254
SDG 645.627144
SEK 11.649509
SGD 1.431595
SHP 0.821305
SLE 24.324706
SLL 22507.913551
SOS 612.891302
SRD 37.389548
STD 22216.478135
SVC 9.391871
SYP 2696.860807
SZL 18.934178
THB 36.891547
TJS 11.430432
TMT 3.767509
TND 3.346718
TOP 2.513926
TRY 36.711003
TTD 7.27788
TWD 34.710243
TZS 2924.917981
UAH 44.499309
UGX 3949.885161
USD 1.073365
UYU 44.664007
UZS 13739.06598
VEF 3888319.307307
VES 46.587491
VND 27247.357955
VUV 127.432023
WST 3.006692
XAF 657.494208
XAG 0.03182
XAU 0.000394
XCD 2.900821
XDR 0.80418
XOF 655.287608
XPF 119.331742
YER 268.153316
ZAR 18.929879
ZMK 9661.566125
ZMW 29.087736
ZWL 345.622933
Mão pesada ou pragmatismo? As incertezas sobre a política de Trump em relação à Venezuela
Mão pesada ou pragmatismo? As incertezas sobre a política de Trump em relação à Venezuela / foto: Juan BARRETO - AFP

Mão pesada ou pragmatismo? As incertezas sobre a política de Trump em relação à Venezuela

Petróleo, migração, democracia: a política de Donald Trump para a Venezuela é um enigma em seu retorno ao poder nos Estados Unidos, quatro anos após sua tentativa frustrada de derrubar Nicolás Maduro, um “inimigo” declarado.

Tamanho do texto:

Trump, que impôs uma política de pressão máxima contra Maduro em 2019, incluindo um embargo ao petróleo venezuelano, assumirá o poder em meio a uma crise energética provocada pelas guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, o que torna o petróleo venezuelano mais atraente.

Embora o magnata tenha criticado a administração de Joe Biden por comprar petróleo de Caracas, pouco falou sobre a Venezuela e os venezuelanos durante sua campanha, limitando-se a se referir a eles como migrantes "criminosos".

"Não há clareza sobre como será, no geral, sua política externa", afirmou à AFP o internacionalista Iván Rojas. "É possível que ele seja mais pragmático e busque se ajustar, assim como é possível que, para manter sua imagem de força, mantenha as sanções, ou até as intensifique. Ambas as possibilidades existem".

O governo da Venezuela, que rompeu relações diplomáticas com os Estados Unidos no primeiro mandato de Trump, se disse disposto, nesta quarta, a "estabelecer boas relações" com Washington na volta do bilionário à Casa Branca, em um comunicado divulgado pelo chanceler, Yván Gil.

"A Venezuela sempre está disposta a estabelecer boas relações com os governos americanos, enquadradas no espírito de diálogo, respeito e sensatez", informou Gil, que cumprimentou Trump por sua vitória nas eleições presidenciais.

Na segunda-feira, o presidente Maduro expressou que qualquer que fosse o vencedor das eleições nos Estados Unidos teria que "falar, dialogar e se entender" com o seu governo, declarado reeleito em 28 de julho, apesar das denúncias de fraude.

A oposição, liderada por María Corina Machado, que reivindica a vitória do candidato Edmundo González Urrutia nas eleições, parabenizou Trump e se comprometeu a ser um "aliado confiável" para a Casa Branca.

- Mão pesada -

A vitória de Trump foi comemorada por boa parte da diáspora venezuelana, que deposita nele a esperança de ver o chavismo cair.

Em seu primeiro governo (2017-2021), Trump liderou uma ofensiva internacional contra Maduro, quando o esquerdista foi reeleito pela primeira vez em 2019, em um pleito boicotado pela oposição. Trump impôs sanções e afirmou que "todas as opções, incluindo a militar", estavam sobre a mesa.

A Venezuela rompeu relações com os Estados Unidos e passou a culpar Trump pela profunda crise que atravessa.

"Ele poderia tentar repetir sua política sobre a Venezuela, ou seja, fazer tudo o que puder para derrubar o regime de Maduro", afirmou a cientista política Vanda Felbab-Brown, pesquisadora do Brookings Institution, em Washington DC.

As eleições presidenciais de julho, que a oposição afirma terem sido "roubadas" por Maduro, justificariam essas ações, segundo a especialista: "Se Trump tentasse derrubá-lo, não acredito que seria mais fácil do que no seu primeiro mandato."

Haverá mais clareza sobre o futuro da relação Trump-Maduro quando o magnata anunciar sua equipe de assuntos exteriores, observa Christopher Sabatini, pesquisador para a América Latina do centro de análise britânico Chatham House.

"Se for (o senador) Marco Rubio ou seus seguidores, isso trará um endurecimento da política para a Venezuela e Cuba: sanções mais severas e, infelizmente, uma retórica mais dura e pouco construtiva", disse Sabatini, que acredita que essa linha "favoreceria uma maior influência" de China e Rússia, importantes aliadas de Maduro, na região.

- Negociar -

Biden tentou uma aproximação com Maduro, principalmente após a invasão russa à Ucrânia e a crise energética que ela gerou, a qual piorou depois com a guerra no Oriente Médio.

O presidente democrata flexibilizou o embargo, concedeu licenças operacionais a multinacionais petrolíferas e trocou prisioneiros, enquanto pressionava, sem sucesso, por eleições livres e justas na Venezuela.

Outra possibilidade para o novo governo é que, seguindo a mesma linha, "Trump tente negociar" com o chavismo, afirma Sabatini, devido a "essas inclinações narcisistas de acreditar que pode negociar com ditadores, além de seu amor por líderes fortes".

O republicano já expressou fascínio por líderes autoritários, como o russo Vladimir Putin, com quem ele afirma que chegará a um acordo para pôr fim à guerra na Ucrânia.

Uma prioridade na campanha de Trump foi a migração, com a promessa de deportações em massa.

Entre 2021 e 2024, quase 764.000 venezuelanos sem documentação foram interceptados na fronteira com o México, dos quais, segundo o presidente eleito, muitos são "criminosos".

Ele se referiu em particular ao “Trem de Aragua, uma das gangues de migrantes mais mortais e impiedosas". O grupo criminoso, que tem origem venezuelana e atua em vários países sul-americanos, passou a operar mais recentemente também nos Estados Unidos.

Biden conseguiu autorização da Venezuela para deportar venezuelanos, apesar da falta de relações diplomáticas. A prerrogativa terminou com a condenação de Washington à reeleição de Maduro.

H.El-Hassany--DT