Dubai Telegraph - Após um longo silêncio, cidadãos palestinos de Israel se manifestam por Gaza

EUR -
AED 4.075441
AFN 76.531707
ALL 98.695892
AMD 430.295824
ANG 1.999872
AOA 1029.425132
ARS 1067.938787
AUD 1.628429
AWG 1.997227
AZN 1.888206
BAM 1.944933
BBD 2.240521
BDT 132.60789
BGN 1.953839
BHD 0.418089
BIF 3216.868524
BMD 1.109571
BND 1.433876
BOB 7.668156
BRL 6.114181
BSD 1.10967
BTN 92.74849
BWP 14.668646
BYN 3.631512
BYR 21747.582525
BZD 2.236742
CAD 1.505787
CDF 3185.576752
CHF 0.944494
CLF 0.037333
CLP 1030.122471
CNY 7.83146
CNH 7.835804
COP 4609.133819
CRC 575.772628
CUC 1.109571
CUP 29.403619
CVE 109.652343
CZK 25.090157
DJF 197.600611
DKK 7.458761
DOP 66.606651
DZD 147.017834
EGP 53.926463
ERN 16.643558
ETB 128.769112
FJD 2.442442
FKP 0.845003
GBP 0.83564
GEL 3.028867
GGP 0.845003
GHS 17.445527
GIP 0.845003
GMD 76.005386
GNF 9587.217676
GTQ 8.578072
GYD 232.142956
HKD 8.638833
HNL 27.526705
HRK 7.543982
HTG 146.418622
HUF 394.407724
IDR 16886.110174
ILS 4.195214
IMP 0.845003
INR 92.680152
IQD 1453.645348
IRR 46704.609464
ISK 152.111112
JEP 0.845003
JMD 174.342759
JOD 0.786245
JPY 159.388148
KES 143.145704
KGS 93.46856
KHR 4506.738431
KMF 489.708703
KPW 998.612854
KRW 1485.34899
KWD 0.338586
KYD 0.924713
KZT 532.025446
LAK 24503.649971
LBP 99370.901842
LKR 338.565295
LRD 221.939963
LSL 19.480705
LTL 3.276273
LVL 0.671168
LYD 5.269416
MAD 10.760081
MDL 19.363289
MGA 5018.822818
MKD 61.509508
MMK 3603.841822
MNT 3770.320635
MOP 8.907431
MRU 44.098616
MUR 50.71428
MVR 17.042587
MWK 1923.998095
MXN 21.574367
MYR 4.669028
MZN 70.845594
NAD 19.480618
NGN 1818.896374
NIO 40.840891
NOK 11.68456
NPR 148.395202
NZD 1.778814
OMR 0.427076
PAB 1.1097
PEN 4.159323
PGK 4.343653
PHP 62.173119
PKR 308.321789
PLN 4.276728
PYG 8657.394779
QAR 4.045696
RON 4.97399
RSD 117.079695
RUB 103.051858
RWF 1495.901558
SAR 4.163682
SBD 9.217133
SCR 15.112322
SDG 667.40269
SEK 11.366413
SGD 1.434614
SHP 0.845003
SLE 25.350694
SLL 23267.13367
SOS 634.145432
SRD 33.514596
STD 22965.869901
SVC 9.709532
SYP 2787.82919
SZL 19.487591
THB 36.612472
TJS 11.795881
TMT 3.883497
TND 3.362413
TOP 2.598728
TRY 37.895812
TTD 7.547761
TWD 35.600572
TZS 3029.12748
UAH 45.865398
UGX 4111.030589
USD 1.109571
UYU 45.852981
UZS 14120.785292
VEF 4019477.560852
VES 40.806629
VND 27312.078768
VUV 131.730443
WST 3.103982
XAF 652.294821
XAG 0.03641
XAU 0.000424
XCD 2.99867
XDR 0.822383
XOF 652.294821
XPF 119.331742
YER 277.753258
ZAR 19.30114
ZMK 9987.466008
ZMW 29.378063
ZWL 357.28126
Após um longo silêncio, cidadãos palestinos de Israel se manifestam por Gaza
Após um longo silêncio, cidadãos palestinos de Israel se manifestam por Gaza / foto: SAID KHATIB - AFP

Após um longo silêncio, cidadãos palestinos de Israel se manifestam por Gaza

Ibrahim Abu Ahmad e Shahd Bishara são dois palestinos com nacionalidade israelense e, nesta sexta-feira (29), puderam, enfim, protestar contra a guerra em Gaza na pequena Shefa Amr, cidade de maioria árabe no norte de Israel.

Tamanho do texto:

Há algumas semanas, pela primeira vez desde o sangrento ataque do movimento islamista palestino Hamas, em 7 de outubro em Israel, as manifestações foram autorizadas na região, onde vive grande parte da minoria árabe israelense, que soma 21% da população.

Os manifestantes não eram muitos nesta sexta-feira, cerca de 150. O pequeno cortejo, também formado por judeus pertencentes a movimentos pacifistas, caminhou atrás de uma faixa com a mensagem, "Só a paz dará segurança".

"Paz, liberdade, justiça social", mas também "Liberdade, liberdade para a Palestina" foram as palavras de ordem que eles repetiam ao descer pela principal rua da cidade.

A marcha, acompanhada por um carro da Polícia, circundou o cemitério cristão e foi recebida com sorrisos pelos moradores, visivelmente surpresos.

Na semana passada, centenas se concentraram em Majd al Krum por iniciativa de uma organização árabe. Os manifestantes pediam "Parem com a guerra!", segundo um cinegrafista da AFP.

Em novembro, ao contrário, os manifestantes tiveram que desistir de se manifestar nestas cidades, pois não receberam autorização da Polícia, o que foi confirmado pela justiça.

Nesta sexta-feira, em Shefa Amr, a 160 km de Gaza, território palestino sitiado por Israel em represália ao ataque de 7 de outubro, Shahd Bishara pôde expressar sua "solidariedade".

- "Humanidade comum" -

"Nossa humanidade comum não pode aceitar a crise humanitária e os massacres em Gaza. E obviamente não esquecemos os reféns ainda mantidos lá", disse esta médica de 30 anos.

"Desde 7 de outubro, a sociedade palestina em Israel foi muito oprimida pelas autoridades, não temos podido expressar nossa solidariedade com o povo de Gaza, com o povo palestino de Gaza. E fizemos muitos esforços para obter a autorização da polícia para organizar este tipo de manifestação", disse Bishara.

A guerra começou após o ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel, em 7 de outubro, no qual comandos islamistas mataram 1.160 pessoas, a maioria civis, segundo balanço da AFP com base em fontes israelenses.

Os combatentes islamistas também capturaram naquele dia 250 pessoas, 130 das quais continuam retidas em Gaza, incluindo 34 que teriam morrido, segundo as autoridades israelenses.

Em retaliação, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas e lançou uma ofensiva em Gaza, que já deixou 32.623 mortos, também civis na maioria, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

"Compreendemos a dor do nosso povo, os palestinos, e a dor dos nossos amigos israelenses, e o futuro de ambos os povos nos preocupa", disse Hyam Tannous, lendo uma mensagem em hebraico.

Aqui "nos lembramos do que ocorreu em 7 de outubro. E dizemos que nossa comunidade foi afetada", ressaltou Ibrahim Abu Ahmad, um ativista pela paz de 31 anos, que se define como um "israelense palestino" e rejeita a expressão "árabe israelense" usada em Israel.

"Isso nega elementos-chave do que somos. O problema é que o termo 'palestino' está presente (em Israel) como uma reivindicação política, não como um povo. E nós somos esse povo", afirmou.

- "Menos casos" -

Até agora, "fomos impedidos de expressar nossa solidariedade", relatou Bishara.

A ONG "Mossawa" ("Igualdade", em árabe) documentou um aumento nas "discriminações sistemáticas" contra cidadãos árabes de Israel desde o início da guerra: detenções após a publicação de versículos do Alcorão ou mensagens em solidariedade nas redes sociais, agressões na universidade, discriminações no trabalho, manifestações proibidas.

Há algumas semanas, "há menos casos" porque a associação recorreu à justiça, disse à AFP seu diretor, Jaafar Farah. Farah conseguiu que a polícia não abordasse mais investigações sobre liberdade de expressão sem uma supervisão judicial.

Segundo ele, de 350 detenções, 140 ainda são alvo de processos. A princípio, a ONG registrava cerca de 20 prisões diárias contra algumas por semana atualmente.

Hoje, "árabes e judeus estão juntos em uma cidade árabe, [essa] é uma declaração muito forte", ressaltou Abu Ahmad.

U.Siddiqui--DT