Chanel recupera a alegria dos anos 20 em Paris
Floral e luminosa, a mulher Chanel, de chinelos, transborda alegria de viver no desfile desta terça-feira (3) na Semana de Moda de Paris.
Trajes de banho e roupões, trajes flexíveis, jogo de assimetrias e transparências: as cores do sul iluminam essa coleção prêt-à-porter apresentada em uma reprodução da Villa Noailles.
Essa antiga mansão na Costa Azul, por onde passaram todos os grandes nomes das vanguardas literárias e artísticas europeias, celebra neste ano seu centenário.
"Esta coleção prêt-à-porter é uma homenagem à liberdade e ao movimento", explica a diretora artística da Chanel, Virginie Viard, nas notas do desfile.
A elegância é leve com a profusão de padrões geométricos, quadrados e listras em cores solares.
Os sapatos são planos, chinelos pretos ou sapatilhas. No entanto, os vestidos de festa pretos são usados com botas azul-celeste, em outra referência à Provence.
"Da sofisticação à descontração, o tweed percorre toda coleção, da roupa esportiva à renda: busquei unir os opostos em torno de um espírito o mais descontraído possível", destaca Virginie Viard.
Desenhada em 1923 por Robert Mallet-Stevens para os mecenas Charles e Marie-Laure de Noailles, a villa é uma joia do modernismo e foi um dos centros de arte mais influentes da época.
Giacometti fez na villa sua primeira escultura e Man Ray filmou seu curta-metragem "Les Mystères du Château de Dé" (1929).
A Villa Noailles recebeu durante quase 40 anos o Festival Internacional de Moda de Hyères, trampolim para a jovem criação que impulsionou as carreiras de vários estilistas renomados, como Antohony Vaccarello da Saint-Laurent.
I.Menon--DT