Arquivado caso contra 30 detidos em local LGBTQIA+ na Venezuela
O Ministério Público da Venezuela arquivou a acusação de “atentado ao pudor” contra 30 das 33 pessoas detidas durante uma operação em um estabelecimento LGBTQIA+, informou, nesta segunda-feira (14), uma ONG que acompanha o caso.
"Os advogados nos deram a notícia de que dispensaram 30 deles", disse à AFP o presidente da Humans Hands Llc, Cody Campos. “Estamos buscando justiça para os 33”.
O Ministério Público ainda não se pronunciou sobre a medida.
Os 33 homens foram presos em 23 de julho no Avalon Man Club, um spa privado em Valencia (estado de Carabobo, centro-norte), em uma operação denunciada por ativistas como consequência de uma política de "homofobia de Estado".
Eles foram acusados de atentado ao pudor - crime referente a atos obscenos em público, com penas de 3 a 15 meses de prisão -associação criminosa e poluição sonora.
Segundo a imprensa local, as prisões ocorreram em uma batida policial por uma “festa sexual”.
Os 30 agora dispensados receberam liberdade condicional quatro dias após serem presos. Os outros três, entre eles o dono do local, saíram 10 dias mais tarde e seguem sendo investigados.
Vários dos detidos afirmaram que não estavam fazendo “nada inapropriado” e que foram surpreendidos pela polícia, que teria realizado o procedimento sem uma ordem judicial.
A comunidade LGBTQIA+ luta há anos contra a discriminação na Venezuela, sem o respaldo da lei para direitos como o casamento igualitário ou a mudança da identidade de gênero.
I.El-Hammady--DT