Meta desmantelou uma importante rede de desinformação sediada na China
A Meta, empresa matriz do Facebook e Instagram, anunciou que desmantelou uma importante rede de desinformação sediada na China, responsável por divulgar conteúdos sobre temas políticos delicados na Europa e Estados Unidos.
Em um relatório trimestral sobre ameaças divulgado na quarta-feira (3), a Meta garantiu ter removido mais de 100 páginas do Facebook e contas do Instagram vinculadas a esta rede de desinformação, que também opera em plataformas como YouTube, Telegram e Twitter.
Outras cinquenta contas ligadas a outra rede sediada na China também foram eliminadas, indicou a empresa americana no relatório.
"Essas últimas redes experimentaram uma série de táticas que nunca vimos antes em operações baseadas na China", destacou o resumo.
"Os comportamentos recentes incluem a criação de uma empresa de mídia de fachada no Ocidente, a contratação de redatores independentes em todo o mundo e a cooptação de uma ONG na África", acrescentou.
Embora a Meta tenha removido algumas contas, grande parte do conteúdo continua online, inclusive no Twitter.
As mensagens divulgadas vão desde conteúdo com foco na Europa até temas que dividem os Estados Unidos - como violência policial, crime e direitos LGBTQIA+.
Também existem postagens que defendem a posição de Pequim sobre sua política na região ocidental de Xinjiang, onde ativistas acusam as autoridades de prender mais de um milhão de uigures e outros muçulmanos em campos de reeducação forçada.
O Twitter e o Facebook estão oficialmente bloqueados na China continental. Os usuários devem recorrer a conexões VPN proibidas para usar seus sites e aplicativos.
A Rússia é acusada há muito tempo de comandar "fazendas de trolls" na tentativa de influenciar a opinião pública no Ocidente. A China, por sua vez, não se considera muito avançada nessa área.
A Meta, entretanto, disse que as últimas redes descobertas em suas plataformas indicavam que as operações na China estavam se tornando cada vez mais sofisticadas.
No mês passado, as autoridades americanas também afirmaram ter indiciado um grupo de agentes do Ministério de Segurança Pública da China, alegando que eles comandavam uma série de contas nas redes sociais que espalharam mensagens pró-Pequim.
A.Murugan--DT