Dubai Telegraph - O 'rei dólar': criticado e desafiado, mas longe de ser desbancado

EUR -
AED 3.843642
AFN 77.42376
ALL 98.992022
AMD 412.466756
ANG 1.886648
AOA 958.562484
ARS 1106.411822
AUD 1.644008
AWG 1.883638
AZN 1.775414
BAM 1.955642
BBD 2.11363
BDT 127.189749
BGN 1.95806
BHD 0.394668
BIF 3100.250129
BMD 1.046466
BND 1.399287
BOB 7.233417
BRL 5.998862
BSD 1.046816
BTN 90.393715
BWP 14.409839
BYN 3.425924
BYR 20510.726896
BZD 2.102831
CAD 1.488022
CDF 3003.35664
CHF 0.939711
CLF 0.025745
CLP 987.950374
CNY 7.58791
CNH 7.589623
COP 4267.556048
CRC 528.757384
CUC 1.046466
CUP 27.73134
CVE 110.256114
CZK 25.033761
DJF 186.414976
DKK 7.460885
DOP 65.234742
DZD 141.057631
EGP 52.801354
ERN 15.696985
ETB 131.861772
FJD 2.401332
FKP 0.828286
GBP 0.828523
GEL 2.924833
GGP 0.828286
GHS 16.25269
GIP 0.828286
GMD 75.345554
GNF 9051.270494
GTQ 8.079349
GYD 219.602301
HKD 8.13109
HNL 26.759843
HRK 7.537271
HTG 137.398926
HUF 402.406331
IDR 17059.587803
ILS 3.731121
IMP 0.828286
INR 90.675465
IQD 1371.38947
IRR 44043.125343
ISK 145.751958
JEP 0.828286
JMD 165.14669
JOD 0.742156
JPY 156.169289
KES 135.61907
KGS 91.513167
KHR 4199.66152
KMF 492.35572
KPW 941.797358
KRW 1503.49381
KWD 0.322992
KYD 0.87243
KZT 529.367335
LAK 22740.16721
LBP 93744.544468
LKR 309.495056
LRD 208.843168
LSL 19.201252
LTL 3.089941
LVL 0.632996
LYD 5.115588
MAD 10.42116
MDL 19.534426
MGA 4950.600996
MKD 61.525041
MMK 2197.325934
MNT 3624.028419
MOP 8.378725
MRU 41.884624
MUR 48.430676
MVR 16.113825
MWK 1815.253696
MXN 21.373622
MYR 4.623809
MZN 66.870418
NAD 19.201252
NGN 1572.063186
NIO 38.526895
NOK 11.630911
NPR 144.630343
NZD 1.819886
OMR 0.402658
PAB 1.046816
PEN 3.855689
PGK 4.274655
PHP 60.565771
PKR 292.591918
PLN 4.154327
PYG 8260.334242
QAR 3.815992
RON 4.98294
RSD 117.190555
RUB 92.919364
RWF 1473.081274
SAR 3.924426
SBD 8.824718
SCR 15.055493
SDG 628.925602
SEK 11.116971
SGD 1.397346
SHP 0.831549
SLE 23.796956
SLL 21943.867515
SOS 598.251783
SRD 37.215419
STD 21659.726314
SVC 9.160262
SYP 13605.994887
SZL 19.195453
THB 35.137139
TJS 11.41058
TMT 3.66263
TND 3.310033
TOP 2.450927
TRY 38.122702
TTD 7.113427
TWD 34.311534
TZS 2706.081898
UAH 43.564589
UGX 3843.69021
USD 1.046466
UYU 45.206357
UZS 13520.910255
VES 66.273647
VND 26711.03592
VUV 128.608226
WST 2.930437
XAF 655.904136
XAG 0.032128
XAU 0.000356
XCD 2.828126
XDR 0.798836
XOF 655.904136
XPF 119.331742
YER 258.788361
ZAR 19.226187
ZMK 9419.446199
ZMW 29.494623
ZWL 336.961515
O 'rei dólar': criticado e desafiado, mas longe de ser desbancado
O 'rei dólar': criticado e desafiado, mas longe de ser desbancado / foto: Asif HASSAN - AFP

O 'rei dólar': criticado e desafiado, mas longe de ser desbancado

Símbolo da potência econômica dos Estados Unidos, o dólar está longe de ser desbancado como "rei" das moedas, apesar das críticas e dos desafios daqueles que questionam sua hegemonia no comércio e nas finanças mundiais.

Tamanho do texto:

É muito difícil prescindir do dólar na compra de barris de petróleo ou de aviões e na emissão de dívida nos mercados internacionais.

Cada vez há mais apelos e iniciativas que defendem a redução da dependência da moeda americana, como a formulada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua recente viagem à China.

"Toda noite me pergunto por que todos os países estão obrigados a fazer o seu comércio lastreado no dólar? (...) Hoje um país precisa correr atrás de dólar para poder exportar quando poderia exportar na sua própria moeda", afirmou Lula na China.

A declaração do presidente do Brasil aconteceu pouco depois da assinatura de um acordo com a China que possibilitará transações comerciais em iuanes e reais.

Bangladesh anunciou recentemente o pagamento em iuanes por uma central nuclear à Rússia e a China cancelou uma entrega de gás natural liquefeito em sua própria moeda ao grupo francês TotalEnergies.

A Argentina anunciou nesta quarta-feira que pagará em iuanes as importações da China, com o objetivo de preservar suas reservas internacionais dolarizadas, no âmbito de um mecanismo de "swap", ou troca de moedas, que Buenos Aires e Pequim já possuíam.

Na Argentina, o dólar é um valor de refúgio para a população e empresas diante da forte inflação que ultrapassa 100% em 12 meses.

"Há um desejo de ser menos dependente do dólar em muitos países em desenvolvimento, em particular para o comércio", declarou à AFP Paola Subacchi, professora de Economia Internacional na Universidade Queen Mary de Londres.

"Estes países percebem que o dólar é muito dominante, especialmente a China", acrescentou.

- Sanções econômicas -

O "privilégio exorbitante" do dólar, de acordo com a expressão do presidente francês Valéry Giscard d'Estaing (1974-1981), dá aos Estados Unidos vantagens competitivas no comércio e para financiar seus déficits.

Ao mesmo tempo, os países em desenvolvimento são afetados pelos movimentos da moeda americana, que estabelecem os preços de suas exportações e importações.

As taxas de juros nos Estados Unidos têm, por sua vez, consequências para o custo das dívidas contraídas em dólares.

E o dólar também é uma arma utilizada pelo governo dos Estados Unidos para obter vantagens geopolíticas.

Quando Washington impõe sanções econômicas a um país, o governo americano obriga as empresas estrangeiras que utilizam o dólar a acatarem suas restrições ou enfrentar sanções.

"Os Estados Unidos usam a hegemonia do dólar para adotar sanções contra a Rússia. Outros estão inquietos com a possibilidade de sanções e decidem optar por outras moedas", resumiu à AFP Larry Yang, economista-chefe da empresa de investimentos First Seafront, de Shenzhen (China).

O presidente francês, Emmanuel Macron, expressou preocupação com a "extraterritorialidade do dólar", ao conversar com jornalistas após retornar de uma visita recente à China.

- Sem concorrentes -

Segunda maior economia mundial e grande rival político de Estados Unidos, a China tenta internacionalizar sua moeda há anos. Mas o iuane carece de um elemento importante que o dólar tem: a livre conversibilidade.

A divisa chinesa é amplamente regulamentada pelo governo de Pequim.

"Hoje nenhuma moeda pode concorrer com o dólar", afirma Subacchi.

As reservas dos bancos centrais mostram uma queda progressiva da participação do dólar em sua composição, que caiu de 71% do total em 1999 para 59% em 2021, de acordo com um relatório publicado no ano passado pelo FMI.

A queda foi provocada pelo fato de "pequenas divisas" (distintas do euro, iene ou da libra esterlina) terem aumentado sua participação para 10% do total em 2021.

A moeda americana representa atualmente 42% das divisas utilizadas para o comércio internacional, contra 33% para o euro, 6% para a libra britânica, 5% para o iene e apenas 2% para o iuane, segundo os dados mais recentes do sistema internacional de pagamentos Swift.

"Podemos seguir progressivamente para uma moeda alternativa? Sim", considera Alessandra Ribeiro, economista da brasileira Tendências Consultoria, com sede em São Paulo.

"Mas toda a estrutura que os Estados Unidos oferecem em termos de segurança e institucionalidade deve ser proposta pelos demais", acrescenta, antes de citar um banco central e governança estáveis, metas de inflação claras e certa proteção aos investidores.

H.Nadeem--DT