Dubai Telegraph - Brasil, prestes a se tornar o maior exportador de milho do mundo

EUR -
AED 3.860389
AFN 70.9405
ALL 98.428265
AMD 423.097869
ANG 1.895549
AOA 960.638842
ARS 1063.8968
AUD 1.635723
AWG 1.891848
AZN 1.784418
BAM 1.958104
BBD 2.123599
BDT 125.679085
BGN 1.956006
BHD 0.396221
BIF 3042.722489
BMD 1.051027
BND 1.415951
BOB 7.267552
BRL 6.349672
BSD 1.051738
BTN 89.135736
BWP 14.368044
BYN 3.441426
BYR 20600.124622
BZD 2.119995
CAD 1.479583
CDF 3017.497698
CHF 0.929254
CLF 0.037147
CLP 1024.993012
CNY 7.634665
CNH 7.648424
COP 4653.421008
CRC 533.933371
CUC 1.051027
CUP 27.852209
CVE 110.620341
CZK 25.172299
DJF 186.788303
DKK 7.457976
DOP 63.534673
DZD 140.607411
EGP 52.344393
ERN 15.765401
ETB 131.378207
FJD 2.420147
FKP 0.829593
GBP 0.827782
GEL 2.985058
GGP 0.829593
GHS 15.775752
GIP 0.829593
GMD 75.153984
GNF 9059.850851
GTQ 8.118631
GYD 220.038925
HKD 8.18136
HNL 26.538394
HRK 7.497246
HTG 137.803468
HUF 413.526505
IDR 16729.718555
ILS 3.799467
IMP 0.829593
INR 89.064376
IQD 1376.845064
IRR 44235.091713
ISK 145.50395
JEP 0.829593
JMD 165.560332
JOD 0.745285
JPY 158.09492
KES 136.100855
KGS 91.225639
KHR 4235.637952
KMF 492.143287
KPW 945.923691
KRW 1486.404298
KWD 0.323264
KYD 0.87644
KZT 552.645568
LAK 23056.89786
LBP 94119.446915
LKR 305.429406
LRD 188.134025
LSL 19.076359
LTL 3.103409
LVL 0.635756
LYD 5.139327
MAD 10.45903
MDL 19.257844
MGA 4929.315688
MKD 61.506962
MMK 3413.693939
MNT 3571.388896
MOP 8.433324
MRU 41.930687
MUR 49.050924
MVR 16.207857
MWK 1826.684593
MXN 21.348613
MYR 4.669187
MZN 67.161871
NAD 19.075979
NGN 1711.134335
NIO 38.625422
NOK 11.626432
NPR 142.617178
NZD 1.795231
OMR 0.404636
PAB 1.051738
PEN 3.929761
PGK 4.244027
PHP 61.201133
PKR 291.978258
PLN 4.281187
PYG 8205.655777
QAR 3.826631
RON 4.972726
RSD 116.971941
RUB 110.355761
RWF 1455.672072
SAR 3.949268
SBD 8.796589
SCR 15.806854
SDG 632.190392
SEK 11.485514
SGD 1.412564
SHP 0.829593
SLE 24.016226
SLL 22039.510757
SOS 600.656819
SRD 37.211575
STD 21754.132051
SVC 9.202829
SYP 2640.736133
SZL 19.076038
THB 36.018645
TJS 11.479708
TMT 3.689104
TND 3.325422
TOP 2.461612
TRY 36.529082
TTD 7.134463
TWD 33.991781
TZS 2764.200598
UAH 43.8011
UGX 3870.554567
USD 1.051027
UYU 45.413439
UZS 13489.928782
VES 50.510377
VND 26706.590135
VUV 124.78001
WST 2.934037
XAF 656.736044
XAG 0.033557
XAU 0.000397
XCD 2.840453
XDR 0.799819
XOF 654.789583
XPF 119.331742
YER 263.172954
ZAR 19.110715
ZMK 9460.501641
ZMW 28.475508
ZWL 338.43019
Brasil, prestes a se tornar o maior exportador de milho do mundo
Brasil, prestes a se tornar o maior exportador de milho do mundo / foto: NELSON ALMEIDA - AFP/Arquivos

Brasil, prestes a se tornar o maior exportador de milho do mundo

Em sua fazenda em Sinop, no Mato Grosso, o produtor rural Ilson José Redivo terminou o plantio de milho há algumas semanas, imediatamente depois da colheita de soja no mesmo terreno.

Tamanho do texto:

A "safrinha", que começou nos anos 1980 como um cultivo secundário, superou há uma década a colheita de verão e, graças a ela, espera-se que o Brasil alcance um novo recorde de produção.

Com isso, o país pode superar os Estados Unidos como maior exportador de milho, algo que aconteceu apenas em 2013.

Nesta região do Centro-Oeste, os campos se estendem até perder de vista.

Ilson José encadeia as duas culturas, soja e depois milho, em "quase 100%" de suas terras, que ocupam 1.550 hectares. A colheita do grão acontece em junho.

A produção brasileira de milho deve alcançar 124,9 milhões de toneladas (+10,4% em relação ao ano passado), das quais 76,3% correspondem a esta segunda safra, segundo o último relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), publicado na semana passada.

E tudo isso apesar do "atraso na colheita de soja" devido ao "excesso de chuva" em Mato Grosso, o principal produtor de soja e milho do país e onde o inverno temperado e a distribuição de chuvas possibilitam uma segunda safra anual.

- Com ajuda dos transgênicos -

O aumento do preço do milho, impulsionado especialmente pela abertura de usinas de etanol produzido com base neste cereal a partir de 2017, estimulou os produtores a investirem na "safrinha", explica o produtor rural à AFP.

"A segunda safra de milho se tornou mais atrativa, compramos mais fertilizantes, sementes geneticamente melhoradas e máquinas agrícolas que permitem um plantio mais rápido e preciso", afirma Ilson José.

Além disso, foi possível "aumentar a superfície" destinada ao grão, "melhorar nossa produtividade e, com isso, aumentar nossa produção de forma significativa".

As variedades transgênicas ocupam atualmente quase a totalidade dos campos de milho no país.

Com as previsões atuais de produção, "o país deve aumentar seu excedente para exportação", opina João Pedro Lopes, analista de mercado de commodities para a consultoria StoneX.

Existe alta demanda pelo milho brasileiro, em especial devido aos problemas que enfrentam exportadores tradicionais como Estados Unidos e Argentina, afetados pelo clima, e também a guerra na Ucrânia.

Ademais, essa demanda é impulsionada pela abertura do mercado chinês, após a assinatura de um acordo entre o governo brasileiro e Pequim no início de 2022, destaca Lopes.

- Desafios -

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), o Brasil poderia exportar 52 milhões de toneladas de milho este ano, frente às 31,9 milhões de toneladas em 2022, e superar assim o país norte-americano, cujas projeções de exportação são estimadas em 49 milhões de toneladas.

"O Brasil está se impondo como concorrente dos Estados Unidos e tem capacidade de fazer sua produção crescer ainda mais. Ainda há muita superfície disponível para o cultivo", em espaços agrícolas já existentes, "e podemos melhorar nossa produtividade", garante Enori Barbieri, vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho).

Contudo, para continuar melhorando o seu desempenho internacional, ao mesmo tempo em que lida com uma demanda interna crescente - impulsionada pelas necessidades do setor de proteína animal e de etanol -, o Brasil deverá superar alguns desafios.

O país deve "ter condições de elevar os investimentos em máquinas e equipamentos no campo", para que "as atividades de semeio e colheita sejam realizadas de forma mais acelerada", além de continuar melhorando "a infraestrutura logística para o escoamento da produção", adverte Lucilio Alves, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea).

Por outro lado, a capacidade de armazenamento continua sendo insuficiente, assinala Ricardo Arioli, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

De acordo com as suas estimativas, o déficit de armazenamento apenas em Mato Grosso foi "de quase 60 % nas últimas safras" de soja e milho.

Y.Amjad--DT