Dubai Telegraph - Especialistas em desinformação criticam Meta por encerrar checagem de fatos nos EUA

EUR -
AED 3.788218
AFN 73.227998
ALL 97.722509
AMD 408.908814
ANG 1.860834
AOA 943.194146
ARS 1068.24109
AUD 1.660812
AWG 1.856474
AZN 1.752739
BAM 1.961018
BBD 2.084737
BDT 125.455054
BGN 1.955076
BHD 0.38874
BIF 2992.017431
BMD 1.031375
BND 1.413572
BOB 7.134848
BRL 6.297266
BSD 1.032648
BTN 88.653188
BWP 14.470594
BYN 3.378778
BYR 20214.940245
BZD 2.073908
CAD 1.482952
CDF 2960.044808
CHF 0.939593
CLF 0.037428
CLP 1032.75692
CNY 7.561725
CNH 7.586502
COP 4461.726097
CRC 523.493022
CUC 1.031375
CUP 27.331424
CVE 110.589194
CZK 25.123271
DJF 183.295981
DKK 7.461304
DOP 63.426392
DZD 139.888463
EGP 52.184349
ERN 15.470618
ETB 130.004856
FJD 2.400885
FKP 0.81683
GBP 0.834526
GEL 2.862089
GGP 0.81683
GHS 15.244046
GIP 0.81683
GMD 73.227705
GNF 8911.075978
GTQ 7.968126
GYD 215.940433
HKD 8.023722
HNL 26.24819
HRK 7.397952
HTG 134.704532
HUF 414.442357
IDR 16728.894428
ILS 3.781256
IMP 0.81683
INR 88.606982
IQD 1351.100598
IRR 43420.866813
ISK 145.093949
JEP 0.81683
JMD 161.700287
JOD 0.731653
JPY 163.081455
KES 133.559596
KGS 89.729816
KHR 4167.784176
KMF 489.902685
KPW 928.236475
KRW 1504.631267
KWD 0.317868
KYD 0.860435
KZT 543.836611
LAK 22481.383943
LBP 92411.15565
LKR 305.603957
LRD 192.867095
LSL 19.283941
LTL 3.045381
LVL 0.623868
LYD 5.084263
MAD 10.352164
MDL 19.048488
MGA 4842.302989
MKD 61.512744
MMK 3349.864152
MNT 3504.610425
MOP 8.273074
MRU 41.100481
MUR 48.050328
MVR 15.883012
MWK 1788.403457
MXN 21.062354
MYR 4.656665
MZN 65.904631
NAD 19.286936
NGN 1590.544184
NIO 37.882336
NOK 11.77593
NPR 141.838495
NZD 1.840472
OMR 0.397051
PAB 1.032593
PEN 3.90014
PGK 4.192555
PHP 60.628839
PKR 287.185961
PLN 4.274727
PYG 8171.824575
QAR 3.755264
RON 4.972668
RSD 117.074424
RUB 107.778105
RWF 1429.48506
SAR 3.871478
SBD 8.704202
SCR 14.60309
SDG 619.856119
SEK 11.504065
SGD 1.411178
SHP 0.81683
SLE 23.495051
SLL 21627.41075
SOS 589.431877
SRD 36.201759
STD 21347.369861
SVC 9.03513
SYP 2591.359629
SZL 19.291727
THB 35.740733
TJS 11.295044
TMT 3.620125
TND 3.304546
TOP 2.415585
TRY 36.464558
TTD 7.002634
TWD 33.968633
TZS 2568.122309
UAH 43.670508
UGX 3824.139011
USD 1.031375
UYU 45.41128
UZS 13345.986543
VES 54.885684
VND 26178.863305
VUV 122.446847
WST 2.849469
XAF 657.66561
XAG 0.034265
XAU 0.000387
XCD 2.787341
XDR 0.795066
XOF 649.765928
XPF 119.331742
YER 257.07015
ZAR 19.517524
ZMK 9283.583049
ZMW 28.883599
ZWL 332.102169
Especialistas em desinformação criticam Meta por encerrar checagem de fatos nos EUA
Especialistas em desinformação criticam Meta por encerrar checagem de fatos nos EUA / foto: Drew ANGERER - AFP

Especialistas em desinformação criticam Meta por encerrar checagem de fatos nos EUA

O surpreendente anúncio da gigante da tecnologia Meta de que encerrará seu programa de checagem de fatos nos Estados Unidos provocou duras críticas, nesta terça-feira (7), por parte de pesquisadores da desinformação, que alertaram para o risco de proliferação de narrativas falsas.

Tamanho do texto:

O diretor-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou que a empresa iria se desfazer de seus verificadores de fatos externos nos Estados Unidos, uma mudança radical que analistas veem como uma tentativa de satisfazer o presidente eleito Donald Trump.

"Este é um grande retrocesso para a moderação de conteúdo em um momento em que a desinformação e o conteúdo nocivo estão evoluindo mais rápido do que nunca", declarou Ross Burley, cofundador do Centro para Resiliência da Informação, uma organização sem fins lucrativos.

O fact-checking e a pesquisa sobre desinformação têm sido temas delicados em um clima político hiperpolarizado nos Estados Unidos, com defensores conservadores afirmando que há restrição à liberdade de expressão e censura a conteúdos de direita.

O Partido Republicano de Trump e seu aliado bilionário Elon Musk - proprietário do X, o antigo Twitter - expressaram queixas semelhantes.

"Embora os esforços para proteger a liberdade de expressão sejam vitais, eliminar a checagem de fatos sem uma alternativa confiável corre o risco de abrir as comportas para narrativas mais prejudiciais", disse Burley. "Essa medida parece mais uma estratégia de apaziguamento político do que uma política inteligente."

Como alternativa, Zuckerberg afirmou que o Facebook e o Instagram poderiam usar "Notas da Comunidade, semelhante ao que o X faz" nos Estados Unidos.

As Notas da Comunidade são uma ferramenta colaborativa de moderação no X que permite aos usuários adicionar contexto às publicações, mas os pesquisadores questionam repetidamente sua eficácia no combate às informações falsas.

"Você não confiaria em qualquer um para consertar o vazamento do seu banheiro, mas a Meta agora parece confiar em qualquer um para impedir que a desinformação se espalhe em suas plataformas", argumentou Michael Wagner, da Escola de Jornalismo e Comunicação de Massa da Universidade de Wisconsin-Madison, à AFP.

"Pedir às pessoas, de forma voluntária, que monitorem afirmações falsas nas plataformas bilionárias de mídia social da Meta é uma abdicação da responsabilidade social."

- "Um decisão política" -

A nova abordagem da Meta ignora pesquisas que mostram que "os usuários das Notas da Comunidade estão fortemente motivados por razões partidárias e tendem a atacar mais seus oponentes políticos", apontou Alexios Mantzarlis, diretor da Iniciativa de Segurança, Confiança e Proteção da Cornell Tech.

A medida representa um revés financeiro para seus jornalistas de fact-checking externos baseados nos Estados Unidos.

O programa da Meta e os subsídios externos têm sido "fontes de receita predominantes" para os verificadores de fatos em todo o mundo, de acordo com uma pesquisa de 2023 da Rede Internacional de Checagem de Fatos (IFCN, na sigla em inglês) com 137 organizações em dezenas de países.

A decisão também "prejudicará os usuários das redes sociais que buscam informações precisas e confiáveis para tomar decisões sobre sua vida cotidiana e interações", disse a diretora da IFCN, Angie Holan.

"É lamentável que essa decisão seja tomada em resposta à pressão política externa de um novo governo e seus apoiadores", acrescentou.

Aaron Sharockman, diretor-executivo da organização americana de checagem PolitiFact, discorda da ideia de que a verificação de fatos sirva para suprimir a liberdade de expressão.

O papel dos fact-checkers americanos, alegou, era fornecer "discurso e contexto adicionais às publicações que os jornalistas consideravam conter informações errôneas" e era responsabilidade da Meta decidir quais sanções os usuários enfrentariam.

"O bom da liberdade de expressão é que as pessoas podem discordar de qualquer artigo jornalístico que publicarmos", disse Sharockman. "Se a Meta está incomodada por ter criado uma ferramenta para censurar, deveria se olhar no espelho."

O PolitiFact é um dos primeiros parceiros que trabalharam com o Facebook para lançar a checagem digital de fatos nos Estados Unidos em 2016.

A AFP também trabalha atualmente em 26 idiomas com o programa de verificação de conteúdo do Facebook, em que a empresa paga para usar checagens de cerca de 80 organizações a nível global em sua plataforma, no WhatsApp e no Instagram.

Nesse programa, o conteúdo classificado como "falso" tem sua visibilidade reduzida e, se alguém tenta compartilhar essa publicação, é apresentado um artigo explicando por que ela é enganosa.

"O programa não era de forma alguma perfeito, e os fact-checkers sem dúvida erraram em algum percentual de suas avaliações", disse Mantzarlis. "Mas devemos deixar claro que a promessa de Zuckerberg de se livrar dos verificadores de fatos foi uma decisão política, não uma decisão de política pública."

C.Akbar--DT