Dubai Telegraph - Censura, prisões e violência: jornalistas no Afeganistão alertam para aumento dos abusos

EUR -
AED 3.826499
AFN 71.030385
ALL 98.234927
AMD 406.051041
ANG 1.878997
AOA 949.047971
ARS 1045.411373
AUD 1.601946
AWG 1.877819
AZN 1.810508
BAM 1.957464
BBD 2.10499
BDT 124.584717
BGN 1.956582
BHD 0.392594
BIF 3079.692033
BMD 1.041786
BND 1.405228
BOB 7.204228
BRL 6.064131
BSD 1.042586
BTN 88.001624
BWP 14.243314
BYN 3.411982
BYR 20418.998737
BZD 2.101537
CAD 1.455901
CDF 2989.924956
CHF 0.931482
CLF 0.036922
CLP 1018.793624
CNY 7.549924
CNH 7.561989
COP 4591.013927
CRC 531.051461
CUC 1.041786
CUP 27.60732
CVE 110.357759
CZK 25.365386
DJF 185.660508
DKK 7.458453
DOP 62.833416
DZD 139.605459
EGP 51.746847
ERN 15.626785
ETB 127.633542
FJD 2.372094
FKP 0.822299
GBP 0.831371
GEL 2.838858
GGP 0.822299
GHS 16.472241
GIP 0.822299
GMD 73.966946
GNF 8986.553448
GTQ 8.047842
GYD 218.118569
HKD 8.109598
HNL 26.346398
HRK 7.431327
HTG 136.856345
HUF 411.801155
IDR 16576.320278
ILS 3.85605
IMP 0.822299
INR 87.989581
IQD 1365.76107
IRR 43864.385089
ISK 145.59978
JEP 0.822299
JMD 166.091199
JOD 0.738731
JPY 161.186643
KES 134.907469
KGS 90.113284
KHR 4197.628956
KMF 489.274588
KPW 937.60669
KRW 1465.385989
KWD 0.320724
KYD 0.868851
KZT 520.570046
LAK 22901.01833
LBP 93362.714409
LKR 303.437961
LRD 188.182689
LSL 18.813494
LTL 3.076122
LVL 0.630166
LYD 5.091279
MAD 10.488116
MDL 19.01644
MGA 4866.253709
MKD 61.658736
MMK 3383.679153
MNT 3539.987582
MOP 8.359127
MRU 41.482868
MUR 48.807541
MVR 16.095338
MWK 1807.880312
MXN 21.356346
MYR 4.654178
MZN 66.570455
NAD 18.813494
NGN 1764.774994
NIO 38.362613
NOK 11.56828
NPR 140.803079
NZD 1.785806
OMR 0.401048
PAB 1.042611
PEN 3.953361
PGK 4.197528
PHP 61.395037
PKR 289.519228
PLN 4.339611
PYG 8138.919113
QAR 3.802196
RON 4.979943
RSD 117.093556
RUB 107.31657
RWF 1423.230418
SAR 3.911199
SBD 8.719245
SCR 15.664754
SDG 626.631014
SEK 11.524749
SGD 1.404442
SHP 0.822299
SLE 23.528703
SLL 21845.729118
SOS 595.820821
SRD 36.977176
STD 21562.859595
SVC 9.122668
SYP 2617.517551
SZL 18.806988
THB 35.991618
TJS 11.103399
TMT 3.656668
TND 3.312216
TOP 2.439968
TRY 35.985198
TTD 7.08102
TWD 33.928352
TZS 2768.398477
UAH 43.131253
UGX 3852.274922
USD 1.041786
UYU 44.337267
UZS 13375.242263
VES 48.195778
VND 26492.609075
VUV 123.682886
WST 2.908239
XAF 656.530889
XAG 0.033358
XAU 0.000386
XCD 2.815478
XDR 0.793093
XOF 656.508814
XPF 119.331742
YER 260.339
ZAR 18.845585
ZMK 9377.327687
ZMW 28.800899
ZWL 335.454554
Censura, prisões e violência: jornalistas no Afeganistão alertam para aumento dos abusos
Censura, prisões e violência: jornalistas no Afeganistão alertam para aumento dos abusos / foto: Wakil KOHSAR - AFP/Arquivos

Censura, prisões e violência: jornalistas no Afeganistão alertam para aumento dos abusos

Jornalistas afegãos relataram centenas de casos de abusos por parte de autoridades governamentais, incluindo tortura, detenções arbitrárias e censura mais rigorosa desde que os talibãs regressaram ao poder.

Tamanho do texto:

Os repórteres dizem que são frequentemente detidos por cobrirem ataques de grupos militantes ou por escreverem sobre a discriminação contra as mulheres. Alguns afirmam que foram presos na mesma cela que combatentes do Estado Islâmico (EI).

"Nenhuma outra profissão foi tão humilhada", lamenta um jornalista do norte, recentemente detido e espancado.

"Meus amigos e eu não queremos mais continuar nesta profissão. Novas restrições são anunciadas dia após dia", diz à AFP o jornalista, que pediu para não revelar o seu nome por razões de segurança.

"Se cobrirmos (ataques) ou temas sobre mulheres, nos expomos a ameaças por telefone, intimações ou detenções", acrescenta.

Quando os talibãs assumiram o poder em 2021, após duas décadas de insurgência, havia 8.400 profissionais da imprensa, incluindo 1.700 mulheres. Atualmente apenas 5.100 continuam na profissão, entre elas 560 mulheres, segundo fontes do setor.

"Registramos cerca de 450 casos de abusos contra jornalistas desde a chegada dos talibãs, incluindo detenções, ameaças, prisões arbitrárias, violência física, tortura", afirma Samiullah, da associação de jornalistas do Afeganistão, cujo nome foi alterado para sua segurança.

As autoridades talibãs não quiseram responder às perguntas da AFP.

O vice-ministro da Informação, Hayatullah Muhajir Farahi, assegurou recentemente em um comunicado que a imprensa pode trabalhar no Afeganistão desde que respeite "os valores islâmicos, os altos interesses do país, a sua cultura e tradições".

- Novas leis e regulamentações -

Há alguns dias foram impostas novas regulamentações aos programas de debate político, alertam vários responsáveis da imprensa.

Os convidados devem ser escolhidos em uma lista aprovada pelo Talibã, os temas devem ser autorizados e qualquer crítica ao governo é proibida. Os programas não podem ser transmitidos ao vivo e a gravação é revisada para eliminar os "pontos fracos".

A rádio e televisão estatal RTA não permite mais que mulheres trabalhem como jornalistas, segundo um funcionário da entidade, que pediu para não ser identificado.

As vozes femininas são proibidas no rádio e na televisão na província de Helmand, no sul. A vigilância dos jornalistas nas redes sociais continua e os veículos de comunicação sobrevivem graças à autocensura.

Em setembro, o canal Afghanistan International, com sede em Londres, para o qual nenhum afegão está autorizado a trabalhar, acusou Cabul de bloquear as suas frequências.

A recente lei para a "promoção da virtude e prevenção do vício", que formaliza a interpretação rigorosa da lei islâmica, é outra fonte de preocupação para os jornalistas.

A lei proíbe as mulheres de falar alto em público.

Embora as autoridades "garantam que não afetará o trabalho dos jornalistas, vemos no terreno que tem impacto", alerta Samiullah.

"Em julho tivemos dois ou três casos de abuso contra jornalistas. Em agosto foram denunciados 15 ou 16 casos e em setembro 11", acrescenta.

"Quando falamos com o Ministério da Informação, eles nos garantem que as coisas vão melhorar", diz o jornalista. "Mas depois vemos como (os oficiais de inteligência) se comportam nas províncias e, na verdade, é pior".

Dezenas de veículos de comunicação fecharam e o Afeganistão passou do 122º para o 178º lugar no ranking de liberdade de imprensa, entre 180 países, compilado por Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

F.Damodaran--DT