Dubai Telegraph - Missão da ONU denuncia 'intensificação do aparato repressivo' na Venezuela

EUR -
AED 3.826681
AFN 70.327616
ALL 98.192804
AMD 406.067937
ANG 1.879076
AOA 951.190259
ARS 1045.840133
AUD 1.601828
AWG 1.877897
AZN 1.775245
BAM 1.957546
BBD 2.105077
BDT 124.589901
BGN 1.956284
BHD 0.392592
BIF 3016.094951
BMD 1.041829
BND 1.405287
BOB 7.204528
BRL 6.043693
BSD 1.04263
BTN 88.005286
BWP 14.243906
BYN 3.412124
BYR 20419.848375
BZD 2.101624
CAD 1.456946
CDF 2991.091432
CHF 0.930994
CLF 0.037254
CLP 1027.952249
CNY 7.54601
CNH 7.562783
COP 4605.144632
CRC 531.073558
CUC 1.041829
CUP 27.608468
CVE 110.75048
CZK 25.343745
DJF 185.15426
DKK 7.457312
DOP 62.978972
DZD 139.891631
EGP 51.726992
ERN 15.627435
ETB 128.155793
FJD 2.371151
FKP 0.822333
GBP 0.831468
GEL 2.855018
GGP 0.822333
GHS 16.464915
GIP 0.822333
GMD 73.970229
GNF 8992.026458
GTQ 8.048177
GYD 218.127645
HKD 8.109446
HNL 26.28575
HRK 7.431636
HTG 136.86204
HUF 411.533277
IDR 16610.452733
ILS 3.863061
IMP 0.822333
INR 87.968134
IQD 1365.316903
IRR 43834.955489
ISK 145.523076
JEP 0.822333
JMD 166.09811
JOD 0.738765
JPY 161.242873
KES 134.920816
KGS 90.122166
KHR 4220.449639
KMF 492.268155
KPW 937.645704
KRW 1463.259646
KWD 0.320727
KYD 0.868887
KZT 520.591707
LAK 22878.565176
LBP 93347.878651
LKR 303.450587
LRD 187.529583
LSL 18.888757
LTL 3.076251
LVL 0.630192
LYD 5.089375
MAD 10.49591
MDL 19.017231
MGA 4865.341785
MKD 61.54739
MMK 3383.819949
MNT 3540.134882
MOP 8.359474
MRU 41.574227
MUR 48.810083
MVR 16.10707
MWK 1807.573672
MXN 21.281613
MYR 4.654932
MZN 66.583684
NAD 18.888753
NGN 1767.675143
NIO 38.287608
NOK 11.531328
NPR 140.808938
NZD 1.78585
OMR 0.401107
PAB 1.042655
PEN 3.952739
PGK 4.194144
PHP 61.404399
PKR 289.423952
PLN 4.338074
PYG 8139.257775
QAR 3.792783
RON 4.976404
RSD 117.038068
RUB 108.671879
RWF 1427.305728
SAR 3.911717
SBD 8.734231
SCR 14.879628
SDG 626.663972
SEK 11.501974
SGD 1.402827
SHP 0.822333
SLE 23.68116
SLL 21846.638123
SOS 595.409088
SRD 36.978718
STD 21563.75683
SVC 9.123047
SYP 2617.626467
SZL 18.888745
THB 35.91223
TJS 11.103861
TMT 3.646401
TND 3.313541
TOP 2.440072
TRY 36.018972
TTD 7.081314
TWD 33.946439
TZS 2771.265486
UAH 43.133048
UGX 3852.435216
USD 1.041829
UYU 44.339112
UZS 13366.666402
VES 48.506662
VND 26482.251319
VUV 123.688032
WST 2.90836
XAF 656.558208
XAG 0.033274
XAU 0.000384
XCD 2.815595
XDR 0.793126
XOF 650.625955
XPF 119.331742
YER 260.379151
ZAR 18.862746
ZMK 9377.71492
ZMW 28.802098
ZWL 335.468513
Missão da ONU denuncia 'intensificação do aparato repressivo' na Venezuela
Missão da ONU denuncia 'intensificação do aparato repressivo' na Venezuela / foto: Federico PARRA - AFP

Missão da ONU denuncia 'intensificação do aparato repressivo' na Venezuela

Especialistas da ONU denunciaram, nesta terça-feira (17), uma "intensificação do aparato repressivo" na Venezuela em meio a dúvidas sobre a reeleição do presidente Nicolás Maduro, com violações dos direitos humanos – incluindo crimes contra a humanidade – para "silenciar" a oposição.

Tamanho do texto:

Em setembro de 2019, a ONU ampliou o monitoramento da situação no país, depois que o Conselho de Direitos Humanos criou a Missão Internacional Independente de Apuração de Fatos sobre a República Bolivariana da Venezuela.

O relatório da Missão examina a situação no país entre setembro de 2023 e agosto de 2024.

A missão de especialistas, com a qual Caracas se recusa a cooperar, afirma que a resposta repressiva do Estado às manifestações após as eleições presidenciais, no final de julho, significou uma nova etapa na deterioração do Estado de direito.

Nas conclusões, o relatório destaca que as violações dos direitos humanos "não são atos isolados ou aleatórios, e sim parte de um plano contínuo e coordenado para silenciar, desanimar e reprimir a oposição ao governo do presidente Nicolás Maduro".

Após a proclamação de Maduro como presidente reeleito, não reconhecida por Estados Unidos, União Europeia e vários países latino-americanos, eclodiram protestos que deixaram 27 mortos, 192 feridos e cerca de 2.400 pessoas detidas, segundo fontes oficiais.

"Estamos testemunhando uma intensificação do aparato repressivo do Estado em resposta ao que percebe como visões críticas, oposição ou dissidência", disse Marta Valiñas, presidente da Missão de Apuração de Fatos.

"Embora esta seja uma continuação de padrões anteriores que a missão já caracterizou como crimes contra a humanidade, a repressão recente, devido à sua intensidade e natureza sistemática, representa um ataque muito grave aos direitos fundamentais do povo venezuelano", completou.

Exilado na Espanha após um mandado de prisão contra ele, o opositor Edmundo González Urrutia, que reivindica a vitória sobre Maduro nas eleições, considerou, em um comunicado, que o relatório "demonstra que os venezuelanos não estão sozinhos".

"Há relatos documentados" de abusos e "o mundo está de olho na Venezuela, testemunhando a grave situação que vivemos", disse González.

- "Qualquer pessoa poderia ser vítima" -

Para elaborar o relatório, que cobre o período de 1º de setembro de 2023 a 31 de agosto de 2024, os especialistas da ONU entrevistaram, à distância ou em forma presencial, 383 pessoas e consultaram dezenas de documentos.

"As vítimas e grande parte da população estão expostas ao exercício arbitrário do poder, onde a detenção arbitrária é sistematicamente utilizada, com graves violações ao devido processo", disse Francisco Cox, integrante da Missão da ONU.

"A missão já havia alertado que o governo poderia ativar o aparato repressivo à vontade. E é justamente isso que estamos observando agora", acrescentou.

O relatório destaca que a "brutalidade da repressão", que inclui detenções de pessoas nas suas casas, levou a "um clima de medo generalizado".

Outra integrante da Missão, Patricia Tappatá, afirmou que "o plano e a política repressiva do governo foram direcionados contra indivíduos que ousaram criticar o presidente Maduro [...] ou protestar contra os resultados eleitorais".

Ela destacou que as autoridades atuaram "especialmente contra membros da oposição política ou [...] percebidos como opositores". No entanto, "qualquer pessoa poderia ser vítima", acrescentou.

"A Missão tem motivos razoáveis para acreditar que o crime de perseguição por motivos políticos foi cometido durante o período coberto por seu mandato", conclui o relatório.

J.Chacko--DT