Dubai Telegraph - Equador declara estado de exceção após assassinato de candidato à presidência

EUR -
AED 4.100449
AFN 75.91327
ALL 99.189323
AMD 432.437101
ANG 2.012667
AOA 1045.484666
ARS 1077.561675
AUD 1.621879
AWG 2.009466
AZN 1.898653
BAM 1.962692
BBD 2.254818
BDT 133.448597
BGN 1.955993
BHD 0.420725
BIF 3231.891338
BMD 1.11637
BND 1.439153
BOB 7.717098
BRL 6.094602
BSD 1.116721
BTN 93.426261
BWP 14.674529
BYN 3.654633
BYR 21880.853275
BZD 2.251004
CAD 1.501032
CDF 3198.960795
CHF 0.942771
CLF 0.036962
CLP 1019.904928
CNY 7.850205
CNH 7.835891
COP 4632.991588
CRC 579.735706
CUC 1.11637
CUP 29.583807
CVE 110.900829
CZK 25.084166
DJF 198.401018
DKK 7.45671
DOP 67.400865
DZD 147.73061
EGP 54.368328
ERN 16.745551
ETB 134.04812
FJD 2.441334
FKP 0.850182
GBP 0.833181
GEL 3.042099
GGP 0.850182
GHS 17.694439
GIP 0.850182
GMD 76.455991
GNF 9626.45927
GTQ 8.632312
GYD 233.640414
HKD 8.691114
HNL 27.763611
HRK 7.590212
HTG 147.578212
HUF 394.351581
IDR 16921.546716
ILS 4.187264
IMP 0.850182
INR 93.356218
IQD 1462.444785
IRR 46990.803228
ISK 151.133962
JEP 0.850182
JMD 176.228817
JOD 0.79117
JPY 160.127101
KES 144.011805
KGS 94.023142
KHR 4549.207868
KMF 493.379948
KPW 1004.732426
KRW 1484.515246
KWD 0.340672
KYD 0.930668
KZT 535.580659
LAK 24652.244563
LBP 100026.757793
LKR 338.368159
LRD 216.436212
LSL 19.357673
LTL 3.29635
LVL 0.675281
LYD 5.302448
MAD 10.798653
MDL 19.492447
MGA 5073.901851
MKD 61.538587
MMK 3625.926424
MNT 3793.425431
MOP 8.955447
MRU 44.342426
MUR 51.207528
MVR 17.147965
MWK 1938.017944
MXN 21.623363
MYR 4.637365
MZN 71.280842
NAD 19.358012
NGN 1816.896102
NIO 41.054447
NOK 11.630438
NPR 149.481897
NZD 1.762727
OMR 0.429769
PAB 1.116721
PEN 4.209835
PGK 4.373101
PHP 62.507234
PKR 310.183776
PLN 4.256119
PYG 8691.519739
QAR 4.064425
RON 4.975886
RSD 117.087873
RUB 103.596342
RWF 1498.168627
SAR 4.188145
SBD 9.276735
SCR 15.076033
SDG 671.495537
SEK 11.288115
SGD 1.434078
SHP 0.850182
SLE 25.506045
SLL 23409.716338
SOS 637.447567
SRD 33.76908
STD 23106.606404
SVC 9.771311
SYP 2804.913208
SZL 19.357807
THB 36.514793
TJS 11.870884
TMT 3.907295
TND 3.413304
TOP 2.614655
TRY 38.09725
TTD 7.598682
TWD 35.609956
TZS 3048.806245
UAH 46.140118
UGX 4131.507535
USD 1.11637
UYU 46.563505
UZS 14250.464136
VEF 4044109.208466
VES 41.044399
VND 27468.28545
VUV 132.537697
WST 3.123004
XAF 658.268469
XAG 0.034687
XAU 0.000421
XCD 3.017046
XDR 0.826101
XOF 658.094866
XPF 119.331742
YER 279.426294
ZAR 19.341117
ZMK 10048.668719
ZMW 29.621012
ZWL 359.470705
Equador declara estado de exceção após assassinato de candidato à presidência
Equador declara estado de exceção após assassinato de candidato à presidência / foto: STRINGER - AFP

Equador declara estado de exceção após assassinato de candidato à presidência

O candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio, segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, foi assassinado na quarta-feira à noite em Quito, o que levou o governo a declarar estado de exceção nesta quinta-feira (10) para garantir a realização das eleições, confirmadas para 20 de agosto.

Tamanho do texto:

Candidato dos movimentos de centro 'Construye' e 'Gente Buena', que havia denunciado ameaças contra ele e sua equipe de campanha na semana passada, Villavicencio morreu ao ser atingido por tiros quando deixava um centro poliesportivo na zona norte da capital após um comício.

O presidente Guillermo Lasso atribuiu o ataque a membros do "crime organizado" e advertiu que os responsáveis receberão "todo o peso da lei".

Jornalista, Villavicencio era um dos oito candidatos à presidência nas eleições gerais antecipadas no Equador, país muito afetado nos últimos anos pela violência vinculada ao narcotráfico.

"A data das eleições previstas para 20 de agosto está inalterada", afirmou a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Diana Atamaint, em um comunicado conjunto com Lasso divulgada no YouTube após uma reunião do gabinete de Segurança e funcionários de alto escalão de outras instituições do Estado, que prosseguiu até a madrugada de quinta-feira.

As autoridades se reuniram em caráter de urgência na sede do governo após o atentado contra Villavicencio, que deixou nove feridos (incluindo uma candidata ao Parlamento e dois policiais). Um suposto criminoso morreu em uma troca de tiros com seguranças e seis pessoas foram detidas, informou o Ministério Público.

Atamaint acrescentou que as Forças Armadas e a Polícia "redobrarão a segurança" para que as eleições "aconteçam com garantias de escolha livre, em paz e com segurança".

- Luto nacional -

Para garantir a celebração das eleições, o presidente declarou estado de emergência por 60 dias em toda a nação, o que permite a presença dos militares nas ruas.

Ele também declarou três dias de luto nacional "para honrar a memória de um patriota".

"Este é um crime político que tem um caráter terrorista e não duvidamos que o assassinato seja uma tentativa de sabotar o processo eleitoral", afirmou Lasso.

Depois de um massacre em uma penitenciária provocado por confrontos entre detentos com ligações com o narcotráfico e do assassinato de um prefeito durante a visita a uma obra, o chefe de Estado decretou estado de exceção no fim de julho na cidade de Durán (sudoeste) e nas províncias costeiras de Los Ríos e Manabí, que registram os maiores índices de violência do país.

O médico Carlos Figueroa, amigo do candidato assassinado e que estava com ele no momento do atentado, relatou à imprensa que os criminosos deram quase 30 tiros.

"Ele foi vítima de uma emboscada do lado de fora do centro poliesportivo", disse. "Algumas pessoas até acreditaram que eram fogos de artifício".

O jornal El Universo, o principal do país, afirmou que Villavicencio foi morto "ao estilo de um assassinato de aluguel, com três tiros na cabeça". A polícia detonou um artefato explosivo que havia sido colocado no local do atentado.

"Este crime não vai ficar impune (...) o crime organizado foi longe demais", disse Lasso. O presidente afirma que o país está em uma guerra contra o narcotráfico, o que quase dobrou a taxa de homicídios para 25 por 100.000 habitantes em 2022. Além disso, o país registrou vários massacres em penitenciárias que provocaram as mortes de mais 43 detentos desde 2021.

- Um crime "selvagem" -

Villavicencio, ex-membro da Assembleia Nacional dissolvida em maio por Lasso para permitir as eleições antecipadas, aparecia em segundo lugar nas intenções de voto com 13,2%, atrás da advogada Luisa González (26,6%), a única mulher na disputa e candidata do ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), de acordo com a mais recente pesquisa da Cedatos.

Estados Unidos, União Europeia e a missão de observadores da OEA condenaram o crime, chamado de "detestável" e "selvagem".

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil lamentou a morte de Villavicencio e pediu para que os responsáveis pelo crime sejam punidos.

"O governo brasileiro tomou conhecimento, com profunda consternação, do assassinato (...) de Fernando Villavicencio, candidato às eleições presidenciais no Equador", escreveu o Itamaraty.

"Ao manifestar a confiança de que os responsáveis por esse deplorável ato serão identificados e levados à justiça, o governo brasileiro transmite suas sentidas condolências à família do candidato presidencial e ao governo e povo equatorianos", acrescentou.

González e outros candidatos à presidência, como Yaku Pérez (líder indígena de esquerda, terceiro nas pesquisas com 12,5%), Otto Sonnenholzner (exv-vice-presidente de direita, quarto com 7,5%) anunciaram a suspensão de suas campanhas e condenaram o crime.

Há uma semana, Villavicencio - grande opositor do 'correísmo' - denunciou ameaças contra ele e sua equipe de campanha, supostamente procedentes do líder de um grupo criminoso ligado ao narcotráfico que está detido.

As Forças Armadas afirmaram em um comunicado divulgado na rede social X, antes Twitter, que estão "fortemente unidas para apoiar a democracia e atuar de maneira imediata para combater aqueles que procuram aterrorizar a população, atacar a democracia e destruir a paz".

Como jornalista, Villavicencio desvendou um esquema de corrupção que afetou Correa, que vive na Bélgica desde 2017 e foi condenado à revelia a oito anos de prisão.

Quando foi presidente da comissão legislativa de Fiscalização, Villavicencio continuou denunciando casos de corrupção.

A violência em pleno processo eleitoral no Equador também matou um candidato a deputado. Antes das eleições locais, de fevereiro, dois candidatos a prefeituras foram assassinados.

D.Naveed--DT