Dubai Telegraph - Luta para sair de um 'inferno ambiental' no México começa a ver luz no fim do túnel

EUR -
AED 3.834139
AFN 71.572988
ALL 97.861015
AMD 407.407802
ANG 1.890032
AOA 953.572004
ARS 1048.014506
AUD 1.606059
AWG 1.881583
AZN 1.767523
BAM 1.949598
BBD 2.117364
BDT 125.321311
BGN 1.94742
BHD 0.393349
BIF 3097.804198
BMD 1.043874
BND 1.409244
BOB 7.246017
BRL 6.069215
BSD 1.048664
BTN 88.603321
BWP 14.316796
BYN 3.431982
BYR 20459.932097
BZD 2.113875
CAD 1.459827
CDF 2995.918625
CHF 0.925984
CLF 0.036838
CLP 1016.461806
CNY 7.56652
CNH 7.577487
COP 4581.824335
CRC 533.104017
CUC 1.043874
CUP 27.662663
CVE 109.916372
CZK 25.397718
DJF 186.745899
DKK 7.458762
DOP 63.188975
DZD 139.449742
EGP 51.913738
ERN 15.658111
ETB 130.685822
FJD 2.372518
FKP 0.823948
GBP 0.832145
GEL 2.844532
GGP 0.823948
GHS 16.674114
GIP 0.823948
GMD 74.114395
GNF 9039.329457
GTQ 8.095324
GYD 219.404104
HKD 8.125208
HNL 26.501072
HRK 7.446224
HTG 137.684617
HUF 411.097473
IDR 16603.234897
ILS 3.880534
IMP 0.823948
INR 88.181211
IQD 1373.849067
IRR 43952.318305
ISK 146.100465
JEP 0.823948
JMD 166.547337
JOD 0.740209
JPY 161.296814
KES 135.233639
KGS 90.29718
KHR 4229.625181
KMF 490.255503
KPW 939.486282
KRW 1465.781897
KWD 0.321211
KYD 0.873932
KZT 520.062978
LAK 22970.921797
LBP 93913.728945
LKR 305.119313
LRD 189.292331
LSL 18.975714
LTL 3.082289
LVL 0.631429
LYD 5.122703
MAD 10.488134
MDL 19.096248
MGA 4910.49567
MKD 61.339847
MMK 3390.462314
MNT 3547.08409
MOP 8.407474
MRU 41.706716
MUR 48.905479
MVR 16.127605
MWK 1818.458425
MXN 21.34712
MYR 4.663509
MZN 66.702495
NAD 18.975804
NGN 1765.27462
NIO 38.382986
NOK 11.601753
NPR 141.765035
NZD 1.786674
OMR 0.401877
PAB 1.048664
PEN 3.983427
PGK 4.22161
PHP 61.500891
PKR 291.489954
PLN 4.342798
PYG 8230.815018
QAR 3.823373
RON 4.976881
RSD 117.020934
RUB 108.145859
RWF 1440.950364
SAR 3.918961
SBD 8.736725
SCR 14.217433
SDG 627.892146
SEK 11.586344
SGD 1.405764
SHP 0.823948
SLE 23.575936
SLL 21889.522603
SOS 599.319201
SRD 36.958331
STD 21606.086019
SVC 9.17594
SYP 2622.764811
SZL 18.98406
THB 36.124827
TJS 11.168729
TMT 3.663998
TND 3.317677
TOP 2.444853
TRY 36.077745
TTD 7.118456
TWD 34.011518
TZS 2772.382363
UAH 43.296397
UGX 3874.710366
USD 1.043874
UYU 44.688687
UZS 13419.001279
VES 48.29914
VND 26540.498651
VUV 123.930829
WST 2.914069
XAF 653.892409
XAG 0.033343
XAU 0.000387
XCD 2.821122
XDR 0.799974
XOF 653.876799
XPF 119.331742
YER 260.868195
ZAR 18.86615
ZMK 9396.117559
ZMW 28.918002
ZWL 336.12703
Luta para sair de um 'inferno ambiental' no México começa a ver luz no fim do túnel
Luta para sair de um 'inferno ambiental' no México começa a ver luz no fim do túnel / foto: ALFREDO ESTRELLA - AFP

Luta para sair de um 'inferno ambiental' no México começa a ver luz no fim do túnel

Às margens de uma represa de águas negras no centro do México, junto a uma nuvem de mosquitos que voam entre lírios e lixo, Yury Uribe começa a ver luz após anos de luta para sair de um "inferno ambiental".

Tamanho do texto:

Vive ao lado da represa Endhó (estado de Hidalgo), que recebe quase todo o esgoto da Cidade do México e da sua região metropolitana - onde vivem de 22 milhões de pessoas -, assim como dejetos industriais e até cadáveres.

Duas décadas atrás iniciou com sua comunidade de Tepetitlán uma batalha para frear esse desastre, que inclui a contaminação de poços de água que abastecem essa região agrícola, e possíveis casos de câncer.

Seu esforço está a semanas de render frutos com um decreto governamental de "restauração", primeiro passo de um longo caminho para que a vida volte neste local rodeado por uma termelétrica, refinaria e outras indústrias.

"Esperamos que haja um dia em que a terra possa se recuperar e não seja morte o que toquemos", disse Uribe, de 43 anos, cujos vizinhos denunciam casos de câncer há 25 anos pela poluição.

Uribe faz do parte do Movimento Social pela Terra, uma ONG que foi criada em 2004 para visibilizar a tragédia nessa área de quase 25.000 hectares, que o governo descreveu como "inferno ambiental" em 2019.

São áreas "sacrificadas para que a Cidade do México possa funcionar bem", explica a ativista sobre as obras que permitem que a capital descarregue no reservatório suas águas residuais e da chuva para não ficar inundada.

A luta não tem sido fácil. Depois de ocupar escritórios da Secretaria do Meio Ambiente e da Comissão Nacional de Água (Conagua) na megalópole, os moradores conseguiram que o governo realizasse um estudo que embasa o plano de recuperação.

É "esperançoso" e "algo que podemos construir para pararmos de reclamar e buscar soluções", diz Uribe.

A represa Endhó, com capacidade para 182 milhões de metros cúbicos, está cercada de árvores e lavouras que em alguns momentos se refletem na água, projetando uma imagem idílica ainda que nessas águas "não haja mais vida", segundo os moradores.

Em meio à água viscosa, há lírios, mosquitos, lixo e um cadáver humano, o terceiro que aparece em um mês, observaram os repórteres da AFP durante um passeio.

Mas o péssimo odor é o menor dos problemas. Em Tepetitlán a conversa invariavelmente gira em torno do câncer. Para os moradores, não há dúvidas de que a causa dessa e outras doenças gastrointestinais e renais é a contaminação.

"Isso é devido ao que comemos, ao que respiramos, ao ambiente", diz Irma González, paciente de câncer de mama de 47 anos.

"Muitos temos câncer e é muito raro que sejam várias pessoas", aponta sua vizinha Blanca Santos, de 64 anos, com a doença no pulmão.

Estudos da Conagua mostram que a água de poços próximos não é apta para consumo por seus altos níveis de metais pesados como arsênico e mercúrio.

Esses contaminantes vêm de indústrias que descarregam suas águas no rio Tula e outros afluentes que desembocam no reservatório.

D.Al-Nuaimi--DT