Dubai Telegraph - Airbus e Boeing em apuros para entregar seus aviões nos prazos

EUR -
AED 3.826681
AFN 70.327616
ALL 98.192804
AMD 406.067937
ANG 1.879076
AOA 951.190259
ARS 1045.840133
AUD 1.601828
AWG 1.877897
AZN 1.775245
BAM 1.957546
BBD 2.105077
BDT 124.589901
BGN 1.956284
BHD 0.392592
BIF 3016.094951
BMD 1.041829
BND 1.405287
BOB 7.204528
BRL 6.043693
BSD 1.04263
BTN 88.005286
BWP 14.243906
BYN 3.412124
BYR 20419.848375
BZD 2.101624
CAD 1.456946
CDF 2991.091432
CHF 0.930994
CLF 0.037254
CLP 1027.952249
CNY 7.54601
CNH 7.562783
COP 4605.144632
CRC 531.073558
CUC 1.041829
CUP 27.608468
CVE 110.75048
CZK 25.343745
DJF 185.15426
DKK 7.457312
DOP 62.978972
DZD 139.891631
EGP 51.726992
ERN 15.627435
ETB 128.155793
FJD 2.371151
FKP 0.822333
GBP 0.831468
GEL 2.855018
GGP 0.822333
GHS 16.464915
GIP 0.822333
GMD 73.970229
GNF 8992.026458
GTQ 8.048177
GYD 218.127645
HKD 8.110066
HNL 26.28575
HRK 7.431636
HTG 136.86204
HUF 411.533277
IDR 16610.452733
ILS 3.856892
IMP 0.822333
INR 87.968134
IQD 1365.316903
IRR 43834.955489
ISK 145.523076
JEP 0.822333
JMD 166.09811
JOD 0.738765
JPY 161.249124
KES 134.920816
KGS 90.122166
KHR 4220.449639
KMF 492.268155
KPW 937.645704
KRW 1463.259646
KWD 0.320727
KYD 0.868887
KZT 520.591707
LAK 22878.565176
LBP 93347.878651
LKR 303.450587
LRD 187.529583
LSL 18.888757
LTL 3.076251
LVL 0.630192
LYD 5.089375
MAD 10.49591
MDL 19.017231
MGA 4865.341785
MKD 61.54739
MMK 3383.819949
MNT 3540.134882
MOP 8.359474
MRU 41.574227
MUR 48.810083
MVR 16.10707
MWK 1807.573672
MXN 21.282904
MYR 4.654932
MZN 66.583684
NAD 18.888753
NGN 1767.675143
NIO 38.287608
NOK 11.53576
NPR 140.808938
NZD 1.785942
OMR 0.401107
PAB 1.042655
PEN 3.952739
PGK 4.194144
PHP 61.404399
PKR 289.423952
PLN 4.338074
PYG 8139.257775
QAR 3.792783
RON 4.976404
RSD 117.038068
RUB 108.671879
RWF 1427.305728
SAR 3.911717
SBD 8.734231
SCR 14.879628
SDG 626.663972
SEK 11.497837
SGD 1.402827
SHP 0.822333
SLE 23.68116
SLL 21846.638123
SOS 595.409088
SRD 36.978718
STD 21563.75683
SVC 9.123047
SYP 2617.626467
SZL 18.888745
THB 35.91223
TJS 11.103861
TMT 3.646401
TND 3.313541
TOP 2.440072
TRY 35.999051
TTD 7.081314
TWD 33.946439
TZS 2771.265486
UAH 43.133048
UGX 3852.435216
USD 1.041829
UYU 44.339112
UZS 13366.666402
VES 48.506662
VND 26482.251319
VUV 123.688032
WST 2.90836
XAF 656.558208
XAG 0.033274
XAU 0.000384
XCD 2.815595
XDR 0.793126
XOF 650.625955
XPF 119.331742
YER 260.379151
ZAR 18.853084
ZMK 9377.71492
ZMW 28.802098
ZWL 335.468513
Airbus e Boeing em apuros para entregar seus aviões nos prazos
Airbus e Boeing em apuros para entregar seus aviões nos prazos / foto: Roslan RAHMAN - AFP

Airbus e Boeing em apuros para entregar seus aviões nos prazos

A Boeing e Airbus receberam encomendas bilionárias no salão aeronáutico de Singapura (Singapore Airshow) nesta semana, mas podem enfrentar sérios problemas para cumprir prazos devido às dificuldades nas redes de abastecimento, alertam analistas.

Tamanho do texto:

Os dois fabricantes atribuem os atrasos à falta de peças e de mão-de-obra, consequência do choque sofrido pelo setor durante a pandemia de covid-19.

De motores a cintos de segurança, passando por cabos e parafusos, a fabricação de um avião depende de milhões de peças procedentes de milhares de fornecedores em todo o mundo, o que significa que qualquer problema na rede de abastecimento tem um efeito multiplicador.

Entre os principais contratos anunciados no maior salão aeronáutico da Ásia, que termina neste domingo, está uma encomenda de 45 boeings 787 Dreamliners feita pela Thai Airways, com um valor de mercado superior a 13 bilhões de dólares (64 bilhões de reais na cotação atual). A Royal Brunei Airlines também encomendou quatro aeronaves deste modelo.

O consórcio europeu Airbus assinou um acordo com a companhia aérea vietnamita Vietjet Air que inclui 20 aeronaves A330-900 de grande capacidade, com as primeiras entregas previstas para 2026.

Mas o cumprimento dos contratos na data inicialmente estipulada se anuncia complicado.

O especialista do setor, Shukor Yusof, lembra que a Boeing e a Airbus já alertaram que alguns dos seus modelos mais requisitados não estarão disponíveis antes de 2030.

"Será difícil entregar novos pedidos, devido à persistente escassez de mão de obra e de matérias-primas, aos problemas logísticos e ao custo da energia", explica Shukor, fundador da consultoria Endau Analytics.

"Será muito difícil aumentar o ritmo de produção. Não estamos falando de celulares", acrescenta.

- "Gargalo" -

Para as companhias aéreas, os atrasos nas entregas implicam uma menor oferta de assentos e a necessidade de operar aviões mais antigos e que consomem mais combustível, o que pode pesar nos seus lucros, estima este analista.

O setor tem enfrentado problemas desde a pandemia, que gerou restrições de circulação e fechamento de fronteiras e, por extensão, uma interrupção nas entregas de matérias-primas.

Além disso, a guerra na Ucrânia, que começou com a invasão russa há dois anos, provocou um aumento nos preços da energia, promovendo assim uma inflação nos bens e serviços.

Com o fim da pandemia, o tráfego aéreo se recuperou e os fabricantes, companhias aéreas, aeroportos e fornecedores tentam acompanhá-lo.

A tensão, de um lado por problemas herdados da pandemia e a guerra da Ucrânia e do outro, a nova demanda, fez a rede de abastecimento "entrar em um gargalo", resume Brendan Sobie, analista da consultora Sobie Aviation.

A título de ilustração, para fabricar cada 787 Dreamliner a Boeing necessita em torno de 2,3 milhões de peças. O grupo americano fabrica algumas delas, mas as demais vêm de fornecedores de todo o mundo.

- "Déficit de capacidade" -

Willie Walsh, diretor-geral da IATA, a associação de transporte aéreo internacional, disse em um seminário anterior ao salão de Singapura que os problemas relacionados à rede de abastecimento podem "durar vários anos".

A isto se acrescenta uma falta de mão-de-obra igualmente problemática.

A Boeing calculou no ano passado que o setor necessitaria 649.000 pilotos, 690.000 técnicos de manutenção e 938.000 tripulantes nos próximos vinte anos.

Shukor destaca que algumas companhias, que demitiram pilotos durante a pandemia, enfrentam dificuldades para contratar e que os fabricantes não encontram mecânicos e técnicos suficientes.

Inclusive, há profissionais que "não têm vontade de voltar", diante da fragilidade da atividade e conjuntura econômica geral.

"Nunca foi tão difícil colocar uma frota no ar", disse à AFP o diretor-geral da companhia filipina Cebu Pacific, Michael Szucs.

"Temos um déficit de capacidade, ou porque há aviões no solo ou porque não são entregues no prazo", explicou.

S.Mohideen--DT